
Tal praga não seria um vírus de celular. Para que um vírus seja considerado “de celular” ele precisa ser executado diretamente no celular, e não apenas usar o celular como um meio para infectar outros computadores.
Apesar de a categoria ser referida como “mobile malware” ou “vírus para celular”, na verdade o único grupo de aparelhos em risco é o de smartphones. São os celulares mais avançados, que podem executar uma série de aplicativos diferentes.
Eles são também multitarefa, ou seja, podem ter vários aplicativos em execução ao mesmo tempo, o que permite que um vírus continue sendo executado enquanto o usuário utiliza o aparelho sem maiores suspeitas.
Mundialmente, o mercado de smartphones representa apenas 12% de todo o mercado de telefonia celular, apenas um de cada 8 aparelhos vendidos tem qualquer risco de ser infectado. É pouco ainda, o que garante a baixa disseminação das pragas.
Telefones celulares mais simples não são capazes de executar aplicativos além daqueles fornecidos pelo fabricante. Quando isso é possível, é por meio de um “limitador” chamado sandbox, que não dá permissão total aos programas em execução.
É bom deixar claro: ainda não vale a pena instalar um antivírus no seu celular.
Celulares não são um alvo tão interessante quanto computadores, pelo menos por enquanto. Eles não estão conectados 24 horas à internet, o que reduz as possibilidades de uso malicioso do aparelho.
Além disso, o consumidor percebe facilmente que há algo de errado ao ver sua conta mensal: não é possível que um vírus que envie spam passe despercebido. A tendência é isso mudar, os planos 3G devem ficar cada vez mais baratos, e muitos celulares têm Wi-Fi.
Uma maneira interessante de roubar as vítimas de vírus de celular é por meio de envio de SMSs ou realização de ligações telefônicas para números pagos. No Brasil, são os números “0900”. No entanto, caso isso se torne muito comum – o que está longe de ser o caso –, não será difícil bloquear esse tipo de número. Existem, no total, cerca de 400 pragas diferentes que estão atacando telefones móveis.
Se você já possui um smartphone, especialmente se for um baseado na plataforma Symbian, é importante ter cuidado ao baixar programas e abrir arquivos recebidos por bluetooth e MMS. Procure aplicativos em sites de confiança, evite programas piratas – não apenas porque são ilegais, mas porque podem ter um presente “surpresa”.
De qualquer forma, o cenário para os celulares está muito melhor do que nos computadores domésticos. Em muitos casos, o sistema irá avisá-lo sobre a execução de programas, ainda mais quando estes não forem assinados. Em outros casos, a instalação de aplicativos adicionais é limitada. Além disso, as operadoras de telefonia móvel são capazes de conter algumas infecções dentro da sua rede.
Embora alguns cuidados sejam importantes, não deixe de adquirir um smartphone por conta dos problemas de segurança. Tais problemas são, na verdade, quase inexistentes, e se os usuários tomarem os pequenos cuidados já mencionados, assim devem permanecer. O risco maior ficará por conta de vírus “híbridos”, que irão infectar o celular a partir do PC e vice-versa.
Fonte: G1/Tecnologia