“Quando Alexin se curvou na cadeira, os sensores reagiram de imediato. O assento inclinou-se levemente para frente a fim de ajuda-lo a se levantar. Enquanto caminhava pela sala, o calor e os movimentos do seu corpo eram monitorados. Como era noite, as luzes da casa se acendiam e apagavam na medida em que ele entrava e saía de cômodos. As portas se abriam automaticamente. Alexin não precisa perder tempo abrindo gavetas ou acendendo lâmpadas. Os sensores espalhados por todos os cantos tornam a vida mais fácil.”
A casa de Alexin ainda não existe. É fruto da imaginação de
Markus Heit. Autor do conto
O piscar de um olho. Heit é um dos quatros autores de ficção científica contratados pela fabricante de processadores Intel em meados de 2010 para fazer parte do Projeto Amanhã, cujo objetivo é ajudar a criar produtos novos e, mais importante, inovadores.
Essa não é a primeira vez que a Intel recorre a colaboradores com formação pouco comum ao mundo da tecnologia. Em 2006, a empresa anunciou a contratação de mais de 100 antropólogos. O objetivo? Entender o que as pessoas esperam de um computador.
Um exemplo disso aconteceu quando, há cinco anos, a Intel começou a fazer pesquisa de chips para equipar set-top boxes do
Google. A princípio, a fabricante de
processadores acreditava que as pessoas queriam passar vídeos por streaming de seus computadores para a TV. Mas uma pesquisa conduzida por equipes de antropólogos descobriu que elas queriam apenas assistir ao vídeo por streaming. Desejavam, sim, usar a televisão para navegar pela internet.
Essa informação fez com que a empresa redesenhasse aa linha de chips usados nos aparelhos de TV. Mais recentemente, em janeiro, a Intel contratou o músico
Will.i.am para sua área de inovação de criativa. E deu mais um passo fora da lógica corporativa tradional.
Fonte: Revista EXAME info