terça-feira, 13 de outubro de 2009

O futuro do Mouse

Praticamente igual desde sua criação, dispositivo tem tecnologias concorrentes e é apontado como causa de doenças ocupacionais.
O mouse, quem diria, chegou à meia idade. E, contrariando a evolução acelerada da tecnologia, ele sofreu poucas alterações desde que chegou ao mercado. É claro que novas tendências de interface com o PC nasceram e se desenvolveram, mas nada que abale ou questione o lugar do ratinho nas mesas dos usuários de todo o mundo.

Mas como tudo começou? Foi em 1968, quando o engenheiro Douglas Carl Engelbart fez a primeira demonstração pública do que na época era chamado de “X-Y Position Indicator for a Display System”. Ao contrário do que se possa imaginar, o inventor do mouse não ficou milionário com sua produção.

Engelbart patenteou o invento em 1970, mas cedeu-o ao Instituto de Pesquisa da Universidade de Stanford, que depois vendeu para a Apple. Foi a Apple a responsável por um dos primeiros PCs que saíam direto da fábrica já com o novo acessório. Era o Apple Lisa de 1983. Um ano depois, pegando carona na idéia, era lançado o Macintosh 128. O resto está (ou estará, logo, logo) nos livros de História.

Contra o mouse pesa ainda a acusação de ser um dos grandes vilões das doenças ocupacionais, um em cada usuários que passam mais de duas horas ao dia em contato com mouse desenvolvem lesões musculares.

Agora, as tendências de substituição são fantásticas. Vão desde mouse joystick, para os amantes de games, passando por superfícies sensíveis ao toque e chegando às tecnologias MultiTouch, entre elas a do iPhone, em que o usuário controla a tela com comandos duplos ou a do Microsoft Surface, espécie de “computador-mesa” em que é possível usar vários pontos de contato.

Existem também as adaptações específicas para jogos, como o WiiMote, uma espécie de controle remoto que reproduz na tela a movimentação do controle em três dimensões. A tendência da indústria é buscar o movimento mais natural possível com o máximo de fidelidade ao movimento.

A verdade é que a tecnologia caminha sempre em busca da praticidade. O que é anti-prático acaba morrendo na praia como, por exemplo, o trackball, hoje quase totalmente substituído por touchpads.

Porém essas tendências só se parecem com mouse em sua essência: ser um apontador. Para a tela sensível, por exemplo, existe toda uma outra forma de entender a interface entre o usuário e o PC, já que ela precisa reconhecer mais de um apontador simultaneamente.

Isso decreta a morte do mouse? Os usuários sempre irão precisar de uma forma de comunicação com o PC. Se formos chamar de mouse o componente físico, então sim, um dia ele será totalmente substituído. Agora se chamarmos o mouse de apontador, ele nunca morrerá. Sempre vamos precisar de um apontador para realizar nossas tarefas.

Por outro lado, o preço baixo dos componentes dos mouses atuais e as melhorias no reconhecimento do movimento garantem ao mouse uma sobrevida e algum fôlego para permanecer em nossos computadores por mais alguns anos.

Fonte: Tecnolgia - Gazeta do Povo

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