
Mas essa é uma tecnologia que a gente duvida um pouco de sua sobrevida. Primeiro, porque as TVs são mais caras. Depois, porque existem poucos filmes em 3D disponíveis e é necessário um Blu-Ray player para reproduzi-los, o que aumenta ainda mais a conta.
E ainda têm os óculos, que tornam praticamente impossível assistir TV 3D e fazer qualquer outra coisa ao mesmo tempo. Programação em 3D, talvez só nas salas de cinema, onde as pessoas estão dispostas a manter atenção exclusiva na tela.
É claro que assistir a jogos, corridas e outros eventos esportivos em três dimensões pode ser bem legal. Mas, de novo, o difícil vai ser arranjar pares de óculos para todo mundo, se o usuário resolver compartilhar a experiência com amigos.
Portanto, essa é uma tecnologia que, na nossa visão, não deve ir muito longe. A não ser que alguém consiga criar, de fato, um televisor 3D que dispense os óculos.
E são duas as explicações: a primeira é o preço, uma vez que os aparelhos chegam a ser até cinco vezes mais caros que os DVDs; outra razão é a escassez de títulos nas locadoras, pois só nos últimos meses começaram a aumentar os acervos disponíveis para locação.
E, para quem resolver comprar o disco, a diferença de preço também é enorme: um filme em DVD, custa, em média, entre R$ 20 e R$ 40 no varejo. O mesmo título em Blu-Ray não sai por menos de R$ 70.
Nos Estados Unidos, a vida do Blu-Ray também não anda fácil. Por lá, ele sofre a concorrência dos downloads. Com banda larga de verdade, os consumidores preferem alugar filmes online em alta definição, em vez de comprar um aparelho caro. Isso sem contar que o download poupa o trabalho de ir até a locadora.
Por essas e por outras, o Blu-Ray é uma das tecnologias sobre as quais nós temos dúvidas. Será que ele vai vingar?
Fonte: Olhar Digital