segunda-feira, 11 de junho de 2012

Trocas de fotos íntimas pelo celular

Casais trocam fotos íntimas pelo celular para apimentar a relação.
O novo hábito usado pelos casais para apimentar as relações, caracterizado pelo envio de fotos e mensagens sensuais pelo celular, ganhou o nome de sexting e tem se tornado popular. Coincidentemente, próximo do Dia dos Namorados no Brasil na próxima terça-feira (12), a americana Lookout Mobile Security investigou o fenômeno e descobriu um em cada cinco norte-americanos donos de smartphones praticam o sexting. O estudo também mostrou que 11% dos americanos admitiram gravar vídeos explícitos em seu celulares, a pesquisa foi conduzida neste mês de junho.

É uma ousadia, um tipo de transgressão, então é algo saudável. É claro que, dentro de um casal que já tem intimidade, é mais interessante”, explica Amaury Mendes Júnior, médico ginecologista, sexólogo e professor UFRJ. “É uma moda, um fenômeno social que vai se alastrando.

Para Celso Marzano, urologista e sexólogo autor do livro “O Prazer Secreto”, o novo hábito faz parte de uma série de maneirismos sexuais, as expressões corporais da sexualidade. “Faz parte de uma forma de contato entre os jovens, um grupo de movimentos corporais para mostrar sensualidade e erotização”, explica.

Ressalvas

A primeira delas, é que é importante evitar enviar as fotos íntimas para alguém com quem ainda não se tem uma ligação forte. Segundo o médico, a conduta sexual normal inclui desejo, excitação e orgasmo, mas, às vezes, ao fazer o sexting, a pessoa pode acabar colocando a excitação na frente do desejo. “O desejo é muito importante, é uma fase afetiva, em que você lida com seus sonhos, pretensões e idealizações.

O médico conta que é preciso haver uma construção do desejo, para evitar uma série de arrependimentos que cerca o sexo atualmente.

Na hora de fazer a foto, é importante evitar mostrar a localização onde ela foi tirada e não colocar na imagem algo que mostre que aquilo foi feito num determinado local, explica Marzano. Segundo ele, também é importante cuidar para que ninguém seja identificado na foto, escondendo inclusive “marcas” do corpo.

Recomenda-se que os adolescentes interessados em fazer algo do tipo conversem com seus pais e tentem arranjar as melhores maneiras de se autopreservar. “É importante não ir direto no ímpeto da curiosidade e acreditar que todas as pessoas são boas”.

Popularização

O hábito ganha força no país porque, segundo Marzano, tudo que é ligado à sexualidade se torna popular, muito pela curiosidade das pessoas. “É uma forma de conquista, expressão corporal. As pessoas curtem muito expressar a sua sexualidade”, explica.

Segundo ele, a tendência é que o sexting cresça no Brasil, até o momento que a prática esteja muito associada à vulgaridade e à pornografia. “Quando chega nesse ponto, as pessoas se afastam espontaneamente”, explica. O médico também alerta que casos de assédio e agressão sexual também podem fazer com que as pessoas se assustem com a prática.

Para o médico Amaury Mendes Júnior, trata-se de um comportamento que se enquadra bastante no contexto atual dos jovens. “É um comportamento de atualidade, em que os adolescentes se tornam mais velhos e custam para sair de casa e enfrentar as situações”, explica. Segundo ele, há pouca maturidade emocional e uma dependência extrema.

Cuidados a serem tomados no sexting

Prefira enviar as fotos para pessoas com quem você já tem um vínculo, para não pular etapas da relação

O vínculo também é importante para evitar a ligação com pessoas com psicopatias sexuais, como compulsivos e pedófilos

Na hora de fazer a foto, evite mostrar seu rosto ou outras características do seu corpo que mostrem quem você é. Não coloque imagens de sua tatuagem, por exemplo

Evite colocar na imagem elementos que indiquem a sua localização geográfica

Se você ainda é adolescente, converse com seus pais sobre o assunto e procure saber como pode se proteger

Fonte: G1 - Tecnologia e Games

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