quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lições dos novos heróis e vilões de 2010

Wikileaks e Stuxnet foram dois protagonistas de 2010, que vêm reforçar a necessidade de práticas robustas em segurança da informação.
Wikileaks e Stuxnet. Tiveram efeito direto dois fatos que foram notícia no final de 2010 no mundo corporativo. O primeiro está chacoalhando as relações internacionais, o jornalismo e, talvez, a própria história. O segundo, um pouco mais discreto, teve impacto extremamente destrutivo no seu alvo, segundo especialistas. As notícias sobre o Stuxnet não tiveram a mesma repercussão que o vazamento dos arquivos da diplomacia norte-americana, mas evidenciaram a materialização de um cenário tomado das páginas da ficção científica. É difícil escrever sobre um assunto ainda coberto de mistérios, que nunca serão esclarecidos.

O verme Stuxnet, de micro em micro, contaminou milhões de equipamentos em todo o mundo, até atingir o seu alvo. Em algum lugar do deserto da Pérsia, nas profundezas de uma usina clandestina de enriquecimento de urânio, encontrou os equipamentos da Siemens para os quais fora concebido. Neles instalado, interferiu nos processos até que os danificasse em maior ou menor grau. Equipamentos semidestruídos ou urânio perdido, pouco importa. A intenção era atrasar os planos de Ahmadinejad. O Irã e o grupo alemão jamais admitirão a amplitude dos estragos.

Desconhecemos o quanto foi investido na criação do Stuxnet, porém o caminho está aí. Confirmando-se o alerta dos nossos colegas especialistas em segurança, o maquinário fabril é tão vulnerável como qualquer PC. A exposição às ameaças externas aumentou exponencialmente, à medida que integramos sistemas industriais e administrativos numa única rede. Hoje, o Irã é o vilão. Os criadores do Stuxnet, os heróis. Nada garante que os papéis não se invertam e tenhamos sabotagens de instalações pacíficas de qualquer Estado ou corporação.

Enquanto o Stuxnet é um belo exemplo da ameaça que vem de fora, o Wikileaks ilustra o risco que vem de dentro. O próprio site anunciou que os próximos furos virão do mundo corporativo. Seria fácil dizer “quem não deve não teme” ou “transparência é bom e a gente gosta”, entretanto qualquer organização tem um estoque de informações sensíveis, que merece proteção.

Os ecos do Wikileaks originarão uma grande corrente de vazamentos seletivos, em nome da transparência. Com a crise econômica do primeiro mundo, o uso político dessas informações é um estímulo adicional. Aqueles que deixaram vazar informações são vistos como heróis na luta contra o “sistema”. Viveremos a apologia do vazamento.

Se aprendemos, a duras penas, a nos proteger dos ataques externos, a prevenção da fuga de informações, intencional ou acidental, é um desafio muito maior. Esqueça aquele dossiê sobre a transação sigilosa em Cayman. Existe uma infinidade de dados sensíveis que deveriam ser guardados a sete chaves. Assuntos do dia a dia como a relação de clientes, os preços, as receitas dos produtos e os projetos técnicos, entre tantos outros.

Proteção da informação não se resolve com software ou hardware mágicos. Até por que, o que não sai pela internet, sai por papel, por telefone ou pelo meio mais primitivo que conhecemos - e nem por isso menos eficaz - a conversa entre dois seres humanos. A única solução passa pela governança, pela segregação de funções, pelas políticas de acesso às informações e transações, pela prática de administração de dados e muita educação em segurança. Um trabalho para muitos e por muitos anos.

Wikileaks e Stuxnet foram dois protagonistas de 2010, que vêm reforçar a necessidade de práticas robustas em segurança da informação, sem dúvidas, uma das prioridades mais constantes na agenda do CIO nos últimos anos.

Fonte: CIO

O Google fará grandes investimentos no Brasil em 2011

Com certeza 2011 chegará com tudo. E, se depender do Google Brasil, as surpresas estão garantidas e em vários níveis.
O Google está em ebulição na América Latina. A versão verde e amarela da gigante de Mountain View, a principal operação da região, demonstra estar cada dia mais preparada para enfrentar os concorrentes e impulsionar a empresa junto ao crescente mercado brasileiro.


Uma prova deste verdadeiro “PAC” – brincando com o plano de desenvolvimento do governo brasileiro – esteve nas palavras de Alexandre Hohagen, Presidente do Google para a América Latina, ao revelar um crescimento de 85% do Google Brasil neste ano, uma performance muito elogiada pelos principais CEOs da companhia, mais especificamente por Eric Schmidt.

“Se você perguntar para a diretoria executiva, qual a operação atual mais importante para o Google, com certeza eles dirão que é a América Latina. Não tenho a menor dúvida”, disse Hohagen, durante um Happy Hour no escritório de São Paulo, que contou com a presença dos principais veículos da imprensa e da internet.

Similar aos números do Google Brasil, o crescimento do Google na América Latina chegou a aproximadamente 80%, um número também surpreendente, e que destaca a rápida recuperação da empresa após sofrer com os efeitos diretos da recessão americana.

Escritório do Google em São Paulo.
Para continuar avançando com todo este sucesso, o Google Brasil anuncia que vai expandir seu quadro de colaboradores em 2011. Atualmente, para conseguir absorver novos funcionários, os escritórios de SP e BH estão perdendo seus espaços de lazer para dar vazão às novas mesas, metas, e longos dias de trabalho.

Fontes ouvidas por esta coluna confirmam a situação. “A cada dia, tem sido mais raro ver os funcionários com tempo de lazer. Muitos estão sobrecarregados. Com todo esse esforço, as metas estão sendo atingidas em todas as áreas”, menciona nossa fonte, que pediu para não ser identificada.

Outra expansão nos investimentos também deve atingir a América Latina. O Google estuda abrir um escritório no Panamá para cuidar da América Central, e outro em Porto Rio, para a região do Caribe”, disse Hohagen.

O executivo evitou dar detalhes, mas o Google planeja um investimento de grande porte, potencialmente no Brasil. Com a demanda cada vez maior, gerada a partir do crescimento dos produtos de computação em nuvem, a necessidade de um Data Center na América Latina tem sido cada vez mais discutida como uma válvula importante para abastecer o tráfego do país de forma garantida e escalonada.

“É impossível um país como o nosso, com o nosso tráfego web, não ter algum tipo de infraestrutura, principalmente quando se pensa em nuvem”, disse Hohagen, ao ser questionado sobre como a empresa espera oferecer disponibilizar produtos ao mercado corporativo, e oferecer qualidade no acesso aos dados.

Os investimentos não param por aí. A empresa também promete expandir sua presença no entretenimento online. Um dos primeiros eventos, o YouTube Live Sertanejo, obteve mais de 5 milhões de views, e contou com o patrocínio da Skol.

Para aproveitar melhor a presença do público, e oferecer interatividade junto aos artistas, a iniciativa agora será expandida também ao Orkut. O início à esta nova fase já foi anunciado pelo Google: será a transmissão de uma entrevista interativa no próprio orkut com a cantora Ivete Sangalo, diretamente do Madison Square Garden, em Nova Iorque.

Outra presença forte do Google no Brasil é o Android. Embora as fabricantes sejam apontadas como um grande problema (atraso na entrega de atualizações), a plataforma tem obtido uma grande aceitação pelo público, resultando em grandes vendas como ocorreu com o Samsung Galaxy S.

Em resposta à atratividade dos consumidores brasileiros, o Google Brasil adiantou, no último mês de outubro, a implemetação das funcionalidades de busca por voz e navegação em mapas por GPS. A novidade agora fica por conta da possível chegada do Google Nexus S no primeiro trimestre de 2011.

Investimentos, aliados algumas vezes a aquisições, ajudam na manutenção da inovação que as empresas precisam obter junto ao mercado, principalmente aquelas que trabalham em segmentos onde as novidades estão diretamente conectadas a fatores de mudanças comportamentais e culturais.

Da mesma forma que o Facebook e o Twitter, o Google é hoje uma empresa que precisa manter sua presença valorizada e em constante atualização. Para isto, seus negócios devem ter, como foco, a busca de experiências que habilitem seu público a conhecer novas percepções.

Na internet, há um ditado profissional que diz: “que quem deixa de inovar, anuncia prematuramente seu próprio fim”. A equipe do Google, porém, especialmente na América Latina, tem trabalhado para implantar os projetos de formas diferentes dos outros escritórios e tem frequentemente recebido elogios da alta cúpula.

Com certeza 2011 chegará com tudo. E, se depender do Google Brasil, as surpresas estão garantidas e em vários níveis.

Fonte: TechTudo

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