
Sony Tablet S: Android "Honeycomb" e design único
O que distingue o Tablet S de seus concorrentes não é sua ficha técnica, mas seu design: é difícil não notar a atenção aos detalhes.
A Sony sacrificou a espessura em favor de algo que é mais agradável de segurar. O design incomum traz dois benefícios: o primeiro é que na parte mais grossa o plástico se curva ao redor da borda, o que torna a empunhadura mais confortável. Um acelerômetro muda a imagem na tela de acordo com a orientação do aparelho, então você pode segurá-lo confortavelmente com qualquer uma das mãos. O segundo benefício é que a inclinação deixa o aparelho numa posição ideal para digitação, tornando-a mais natural que em concorrentes “planos” como o iPad 2 da Apple ou o Galaxy Tab 10.1 da Samsung.
Inclinação deixa o tablet na posição ideal para digitar
O Tablet S pesa cerca de 600 gramas de acordo com a Sony, o que o coloca no mesmo patamar que o iPad 2. Mas a sensação de peso é diferente, porque o design em cunha distribui o peso dos componentes de forma desigual, o que dá a impressão de que ele é mais leve do que realmente é. Em uma comparação lado-a-lado, o iPad 2 pareceu ser um pouco mais pesado, o que não é verdade.
Há numerosas mudanças na interface. A Sony evitou uma “reforma completa”, como a Samsung fez com o TouchWiz no Galaxy Tab 10.1, mas modificou as coisas para que várias tarefas possam ser realizadas de forma mais intuitiva. Ela também adiconou widgets e atalhos úteis à tela inicial. O visual da lista de aplicativos também foi modificado, para facilitar a navegação.
O teclado padrão do Android foi substituído por uma versão proprietária. Gostei muito do layout, principalmente porque ele não me fez ficar procurando as teclas. Em alguns casos, como durante a digitação de uma senha, a largura do teclado é reduzida para que apenas a porção numérica seja visível. Gostaria que mais teclados de tablets dessem destaque para o teclado numérico, ou ao menos oferecessem uma opção para isso.
O potencial é imenso se levarmos em conta a biblioteca de títulos para o console da Sony, e pode ser multiplicado se a empresa adicionar também títulos do PlayStation Portable (PSP). No momento há poucos detalhes, mas a empresa irá oferecer ainda neste ano uma loja com mais títulos disponíveis. Este é um recursos que claramente diferencia o tablet da Sony dos concorrentes perante os olhos dos gamers.
Entretanto a resolução de tela é a mesma dos modelos de 10.1 polegadas, 1280 x 800 pixels. Ela usa a tecnologia TruBlack, criada para as TVs de alta-definição da Sony, que reduz os reflexos e aumenta o brilho e contraste da imagem. Ainda assim, como todo tablet com um painel LCD, a tela vira praticamente um espelho sob a luz direta do sol. Mas sob luz ambiente, ele parece ser melhor que a maioria dos concorrentes.
Na lateral esquerda o tablet tem uma saída para fones de ouvido e uma tampa que cobre um slot para cartões SD e uma porta micro USB. A porta é usada para conexão ao PC, e quanto ao slot a Sony tomou uma decisão estranha: ele só pode ser usado para transferir arquivos de um cartão para a memória interna, e não serve como uma expansão de memória como no Eee Pad Transformer. Esperamos que a empresa reconsidere a decisão e altere este comportamento em uma atualização de firmware futura.
Porta micro USB e leitor de cartões SD ficam na lateral
Na parte de baixo fica uma porta proprietária para uma dock e carregador. Poderíamos entender a decisão por um conector proprietário se o tablet ao menos se recarregasse rapidamente, o que não é o caso na unidade de pré-produção, que demorou muito mais do que o esperado.
A Sony também promete um punhado de aplicativos customizados. A galeria de imagens padrão foi substituída por uma versão modificada, assim como o Media Player, que produz som muito melhor que o player nativo que é parte do sistema operacional. Em meus testes informais o player da Sony melhorou significativamente o volume, graves, e qualidade geral de som. Infelizmente, a melhoria só é perceptível com o player da Sony, que tem recursos limitados.
Um recurso conveniente nos aplicativos da Sony é a capacidade de enviar conteúdo para qualquer aparelho compatível com DLNA (como TVs) que for detectado. Isso pode explicar a ausência de uma porta HDMI para ligação a TVs de alta-definição.
Fonte: PC World