
Membros do conselho da Icann vinham argumentando que, para manter a neutralidade na concessão dos nomes de domínio, deveria ser criado o .xxx, permitindo que sites com conteúdo sexualmente explícito utilizassem o sufixo de maneira voluntária.
Com sua proposta, a ICM Registry que se apresenta como uma organização “independente e sem fins lucrativos” pretende criar “um rótulo reconhecível para identificar o que é oferecido pelas páginas da web”, sem a necessidade de visitá-las.
Deste modo, “tanto os interessados como aqueles que não se interessam por conteúdos pornográficos terão uma marca identificável”.
Mais de US$ 3 mil são gastos com pornografia na web a cada segundo. Para finalizar o processo de negociação do contrato de gestão do domínio e para que ele possa ser aplicado, a Icann e a organização promotora da iniciativa deverão agora chegar a um acordo sobre “os aspectos técnicos e financeiros”.
A pornografia on-line é uma indústria gigante. Segundo dados do grupo de estudos Internet Pornography Statistics, mais de US$ 3 mil são gastos com pornografia na internet a cada segundo, e a palavra “sex” (sexo, em inglês) é o termo mais buscado no mundo, representando 25% de todas as buscas na internet.
Estima-se que existam cerca de 370 milhões de endereços pornográficos na internet, o que significa que .xxx pode se tornar o domínio mais usado do mundo, talvez até superando o .com.
Alguns membros da indústria pornográfica, no entanto, são contrários à utilização do .xxx, afirmando que o sufixo facilita a censura e pode prejudicar os negócios. A direita religiosa norte-americana também é contra a criação do sufixo por razões morais.
Fonte: G1 - Tecnologia e Games