
Em várias ocasiões, programas nocivos foram descobertos no Android Market, e o Google teve de bani-los. Isso não costuma acontecer na App Store, da Apple, por causa do rigoroso controle que a empresa da maçã mantém sobre os aplicativos. O problema também não tem afetado as lojas de aplicativos do BlackBerry e do Windows Phone.
DiBona não nega que os programas malignos existem. Mas alega que eles não oferecem risco significativo. Segundo ele, a maneira como os sistemas operacionais móveis trabalham limita a ação desses programas. “Nenhum dos principais smartphones tem problemas com vírus no sentido tradicional, como vemos no Windows e em alguns Mac”, diz.
Ele diz que é teoricamente possível a criação de vírus tradicionais para smartphones, mas é improvável que isso aconteça. O programa maligno encontraria muitas barreiras à sua propagação, o que o tornaria ineficaz. DiBona não cita os nomes das empresas que ele chama de charlatãs. Mas a lista de produtoras de antivírus para smartphones inclui companhias como Symantec, Kaspersky e F-Secure.
Algumas dessas empresas responderam ao ataque de DiBona. Mikko Hypponen, diretor de pesquisas da finlandesa F-Secure, escreveu no Twitter: “@cdibona não percebe que essas ferramentas são mais que antivírus. Elas têm proteção contra furto, bloqueio remoto, backup, controle parental.”
Mas a causa imediata da fúria de DiBona parece estar num relatório da Juniper Networks publicado no último dia 15. O texto critica duramente o fato de que qualquer pessoa poder publicar um aplicativo no Android Market. Não há um processo de aprovação como o que a Apple emprega na App Store. O resultado, segundo a Juniper, é um aumento de 472% no número de programas nocivos para Android desde julho.
O texto diz que o aumento não aconteceu só na quantidade. Os programas malignos ficaram, também, mais perigosos. “Os criminosos estão se tornando mais sofisticados”, diz. “No segundo trimestre, começamos a ver malware capaz de explorar brechas de segurança no Android para assumir o controle total do aparelho”, diz. Na análise da Juniper, criminosos que antes produziam vírus para os sistemas Symbian e Windows Mobile mudaram seu foco para o Android.
Fonte: INFO Online