
OUTRO LADO DA MOEDA
Entretanto, apesar da sua praticidade, a comunicação digital pode ser prejudicial aos relacionamentos pessoais e profissionais se não houver um equilíbrio entre mundo virtual e real. É preciso saber a hora de promover um encontro pessoal e não ficar somente por trás da tela do computador. O contato por e-mail, por exemplo, é frio e permite uma série de fragilidades na comunicação.
A tecnologia alia distância à facilidade de acesso rápido. Mas, em um mundo cada vez mais veloz, é no contato próximo que conseguimos ações mais assertivas e percebidas de forma real. Em um ambiente corporativo em que há um crescimento estrutural voraz, é preciso conhecer e reconhecer quem está sentado na mesa ao lado.
Façamos uso da tecnologia para aumentar nossa rede, aproximar a informação que precisa de imediatismo. Porém, vamos utilizá-la com sabedoria de forma que o contato interpessoal seja a ponta final para resolução do entendimento.
Não se deve usar a tecnologia para justificar o surgimento dos infoholics, a culpada é a ansiedade pela qual esse grupo foi tomado. É como se a pressão e a competitividade do mundo atual exigissem estar por dentro das notícias e das informações que a internet instantaneamente disponibiliza.
É evidente que a telefonia celular e o e-mail, por exemplo, se tornaram ferramentas fantásticas para o trabalho, tendo ampliado os limites geográficos na atuação das empresas e oferecido uma velocidade operacional extraordinária.
Mas jamais podemos nos tornar reféns da tecnologia e deixando de lado outras atividades que não dependam dela. Acredito que aqueles que vão concentrando o contato só nos meios virtuais perderão competitividade em relação àqueles que conseguem fazer um mix das duas formas de relacionamento.
Não há tecnologia que substitua uma boa conversa em um bar ou na casa de um amigo. Mesmo conversando com alguns amigos todos os dias no MSN ou skype. Espero que as novas gerações não percam isso.
Fonte: GESTÃO & NEGÓCIO