quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Agora vai ser assim?

Guerra virtual com motivação política mostra fragilidade até de sites governamentais. No centro da polêmica estão o WikiLeaks e a discussão sobre liberdade e transparência

O caso Wikileaks.
Ataques crackers com motivação política. O ingrediente ideológico foi a novidade no episódio que chamou a atenção do mundo para o risco a que estão expostos sites de grandes empresas e até de governos, em um espaço em que, na ética hacker, liberdade, transparência e conhecimento seriam palavras de ordem. Na origem da confusão está um site criado em 2007 que resolveu fazer seu maior barulho no apagar das luzes de 2010.


Quem diria que, em duas semanas, o mundo poderia virar de cabeça para baixo? A imagem, profetizada na logomarca do Wikileaks, tornou-se realidade com o vazamento de 250 mil documentos sigilosos da diplomacia americana, no último e mais polêmico (e derradeiro?) episódio do site. Desta vez, os vazamentos foram seguidos da prisão suspeita do australiano Julian Assange, o "anarquista" ou "defensor da liberdade de informação", criador do projeto e acusado de estupro pelas leis suecas.


Ataques

A escolha do adjetivo para Assange vai depender de que lado da discussão ideológica suscitada pelo WikiLeaks você se alinha. Com o site sufocado pelo encerramento das doações via PayPal, Visa e Mastercard, o barulho causado por ele, ninguém duvida, veio para ficar.

Falou-se em guerra de informação quando, em resposta, grupos de crackers simpáticos ao WikiLeaks organizaram ataques coordenados aos sites das empresas e do governo sueco. Foi a primeira vez que isso teve motivação política. Dependendo da maneira como a questão for tratada, ataques assim podem se repetir.

O estrangulamento do serviço pode ser em vão. Até o fechamento desta edição havia na internet pelo menos 1.334 sites-espelho. Eles reproduzem exatamente o conteúdo do WikiLeaks original, garantindo, assim, a perpetuação da ideia, e são abrigados em servidores espalhados por vários países. Um pesquisador de Harvard usou o Google Earth como ferramenta para mapear esses sites-espelho esta semana. A maioria é baseada na Europa, mas há até endereços brasileiros.

Transparência ou anarquia?

Em comunicado divulgado esta semana, o site reafirmou seus propósitos: "A WikiLeaks é uma organização dedicada à transparência e à prestação de contas, e a permitir que whistleblowers (informantes) possam fazer com que governos e corporações prestem contas sobre o que fazem de errado". Na visão do governo americano, que foi o principal prejudicado com os recentes vazamentos de telegramas constrangedores, o site é anárquico e compromete a segurança nacional. Na logomarca, um globo obscuro agoniza e derrete, no topo de uma ampulheta, gerando um globo mais claro e brilhante, na parte de baixo.

Por dentro do Wikileaks


Fonte: Estado de Minas - Ciência e Tecnologia

6 coisas que odiamos na Web

Vídeos que tocam sozinhos, sites de downloads enganadores, cookies invasivos; a Internet se desenvolveu, mas, alguns erros persistem.


Ai! que ódio, eu odeio isso!
Vivemos em um mundo tecnológico profundamente paradoxal. Posso guardar mais álbuns no meu bolso, com um iPod, do que jamais caberia em minha estante de CDs; é possível ouvir estações de rádio do mundo inteiro na Internet, enquanto estou no ônibus, e, ao mesmo tempo, baixar canções, legalmente, por menos de um dólar - tudo em uma única, e elegante, interface do smartphone. No entanto, ao procurar a letra de uma música – tarefa das mais simples – indubitavelmente serei bombardeado com anúncios que ocupam a tela inteira, vídeos que tocam sem eu pedir, e links para o download de toques de celular.

Inconveniências que existiam nos primórdios da Internet foram abandonadas, como letras que piscam, pop-ups insistentes e musiquinhas de fundo que não podem ser interrompidas. Não obstante, a batalha por uma rede mundial mais sã continua; ainda há muito de arcaico, e perturbador, na moderna Web 2.0.

1. Sites de download enganadores
Se eu visito um portal desses, é óbvio que estou à procura de um arquivo para baixar. Entendo que a banda necessária para hospedá-lo não é gratuita, portanto, não me incomodo com os anúncios em tela cheia que vêm em minha direção. Fecho-o e já avisto um botão grande: “Download Here”.

É uma armadilha! Clico nele e uma grande janela de propaganda aparece. Elimino-a, e lá está: um ícone azul e a palavra download. Olho-o por um instante e concluo: “Ah, mais uma cilada, nada de cliques para você”. Ao lado, um quadrado laranja com o “Download Here” de antes; é esse.

Esqueci de digitar o CAPTCHA – código que serve para evitar que robôs acessem o sistema. Certo, tentarei de novo. Encontrei o arquivo que quero, só preciso clicar no botão e... não, não é esse; eu não quero uma conta Premium. Seleciono “voltar” no navegador. Ah, finalmente, aí está: o botão certo, logo ao lado do Premium. Pronto, agora é só esperar uns 45 segundos e não me distrair, pois, caso demore a clicar no último ícone, terei que fazer tudo de novo. O que eu queria baixar mesmo?

2. Vídeos anexados
No Gmail Chat está a forma correta de anexar vídeos. Por outro lado, o YouTube já tem mais de cinco anos e ainda não nos ofereceu uma maneira eficiente de completar essa tarefa. Principalmente para os iniciantes, o portal de vídeos deveria seguir esse padrão: copio a URL da página para um e-mail, um tuite, ou qualquer outra caixa de texto, e a mídia aparece no conteúdo postado; como no Gmail Chat.

Todos os outros estão errados. Alguns sites convertem a URL corretamente, alguns exibem um código para a indexação, e existem aqueles que não a permitem. Só dá para saber qual é o método por tentativa e erro. Uma confusão.

3. Cookies de terceiros
Esses daí podem incomodar. Você já deve saber que os cookies também são usados para que uma determinada entidade possa monitorar a sua atividade na Internet. Assim, redes de publicidade descobrem quais são os seus interesses, exibindo anúncios que condizem com eles.

O modo mais fácil de escapar da ameaça é desabilitando o armazenamento desses arquivos. No entanto, eles servem para muitas coisas úteis, e um grande número de extensões depende deles para funcionar corretamente, tanto no Firefox quanto no Chrome. Logo, se correr o bicho pega e se ficar...

4. Anúncios que dançam e cantam
No primeiro exemplo, o mouse, acidentalmente, acaba passando por um anúncio no topo da tela. Não só ele cresce, como também começa a tocar um vídeo ou uma música. Por ser tão difícil de evitá-lo, acabo clicando nele sem querer. Isso já ocorreu centenas de vezes; em todas, minha insatisfação com o som que sai das caixinhas foi enorme.

No segundo exemplo, eu nem percebo que abri um site que possui uma dessas peças publicitárias. Já estou em outra aba quando noto que uma música está tocando. De onde vem? Eu não abri nenhum arquivo musical, nenhum vídeo. Demora um tempo até que eu reconheça a origem, e vou de janela em janela procurando o anúncio para poder fechá-lo.

Por favor, publicitários, esperem pelo clique antes de exibir um filme ou iniciar uma narração; ao levar o mouse até o espaço da propaganda, isso não significa que estou interessado, mas, ao selecioná-lo, aí sim, vocês podem comemorar que conseguiram o que queriam.

5. Sugestões de contas a seguir no Twitter e amigos no Facebook
Eu entendo. São redes sociais e se você é novo nelas é muito mais fácil adicionar alguns amigos e, depois, ir selecionando as sugestões que o portal lhe dá. De fato, chega a ser conveniente.

No entanto, para quem está no Facebook há um tempo, essa lista passa a ser uma coleção de conhecidos com os quais não quero contato. Convenhamos, se você e um outro têm 100 amigos em comum e, mesmo assim, não se adicionaram na rede, existe um motivo para isso, algo que a rede de Zuckerberg é incapaz de entender.

6. Sites que tocam vídeo e áudio automaticamente
Essa é similar à reclamação dos anúncios. Em geral, ao visitar um site de notícias, por exemplo, escolho as manchetes que mais me interessaram e as abro em abas diferentes. Quando um barulho que não me é familiar começa, tenho que investigar página por página para ver qual é a responsável. Veja bem, se eu quiser assistir a um vídeo, eu clicarei nele; o conteúdo não precisa iniciar automaticamente, sou capaz de fazê-lo tocar por conta própria.

Fonte: IDG Now!

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Powered by Blogger