
Especialistas chamam isso de “memória transativa”. Basicamente, você lembra onde conseguir a informação – mas não da informação em si. Esse conceito não é nada novo: antes da era digital, nós usávamos “especialistas” não-digitais – amigos ou livros. A ferramenta de busca apenas deixou esse processo muito mais fácil (e rápido).
“Nossos cérebros confiam na Internet para a memória de maneira parecida com que confiam na memória de um amigo, familiar ou colega de trabalho”, explica a pesquisadora. “Nós lembramos menos sobre a informação em si do que onde podemos encontrá-la (a informação).”
Uma série de quatro experimentos diferentes foi realizada por Sparrow e seus colegas. Cada um deles testou como as pessoas lembraram de informações se elas estivessem armazenadas de modo acessível (digamos, a Internet), e em cada caso as pessoas lembravam menos se pensassem que as informações estavam armazenadas do que se acreditassem que não.
Resumindo de forma simples, se podemos achar uma determinada informação online, temos uma probabilidade menor de lembrar dela. No entanto, se a informação não puder ser acessada facilmente online (e soubermos disso), as chances de nos lembramos dela são maiores.
Mas esse fenômeno pode ser associado a um cérebro preguiçoso?
A pesquisadora conclui que não estamos necessariamente ficando menos inteligentes como um resultado da Internet e das ferramentas de busca. Em vez disso, estamos ficando mais sofisticados em encontrar informações. Isso pode ser algo bom – podemos estar liberando energia e memória do cérebro para outras tarefas, o que tecnicamente poderia nos deixar ainda mais inteligentes.
Fonte: Research - Columbia News