sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Por que o Linux não vai pra frente?

Pingüim Tux logotipo do Linux

Por que não? Esta é a pergunta que muitos desenvolvedores e membros da comunidade Linux fazem quando olham os números de penetração do sistema operacional aberto no usuário doméstico. Há menos de 1,5% de desktops com o pingüim instalado no Brasil. Mesmo com todas as dificuldades, o Linux começa a sair do "gueto" composto por programadores e entusiastas para tomar o espaço do Windows nos computadores de pessoas desligadas do mundo da tecnologia.

Muito disso por causa dos problemas de compatibilidade com hardware que o sistema operacional continha, mas que agora parece quase solucionado.

É de graça, é mais seguro, é mais leve, está presente em computadores populares e, em 2007, também em laptops subsidiados pelo governo. Mas mesmo tendo o Linux todas essas vantagens, o sistema operacional continua muito distante das máquinas dos usuários domésticos.

Apenas 1,45% dos sistemas operacionais que rodam nos computadores do País é Linux.

Uma minoria esmagada pelos 85,45% de PCs brasileiros que funcionam graças ao Windows. Nas regiões Nordeste e Sul, a penetração do Windows chega a 92%. Até pouco tempo, o sistema operacional da Microsoft dominava mais de 95% do mercado brasileiro.

E o motivo para a preferência, explicam os próprios usuários e engenheiros envolvidos na comunidade Linux, além de especialistas de mercado, não são as diferenças na facilidade de operação que o Windows teria sobre o Linux. A barreira é cultural.

Muita gente não tem nem a curiosidade de usar o Linux. É uma questão de cultura, de costume. Notamos que é muito mais fácil um analfabeto digital aprender a usar Linux do que alguém acostumado com o Windows migrar para a plataforma aberta.

Até hoje, usar PC é sinônimo de usar Microsoft, mais de 70% dos usuários de PCs do programa Computador para todos retiraram o Linux instalado de fábrica e migraram.

A popularização do Linux é um problema muito complexo que só se dará por meio de uma quebra de paradigma. A disputa contra o monopólio é longa.

A popularidade do Linux varia muito de acordo com a facilidade que o povo de um determinado país tem com a tecnologia. Na Polônia, o Linux roda em 40% dos computadores. Mas no Brasil as pessoas gostam de coisas simples, pacotes prontos de software

Mesmo com incentivos governamentais e a clara melhoria na usabilidade do Linux, alguns analistas se mantêm céticos quanto à difusão do sistema nos lares brasileiros. É o hábito do padrão Microsoft. Não acredito em grandes mudanças na popularização do Linux em curto prazo.

A maior chance que o Linux é se a Microsoft mantiver sua política de atualização, que barra o uso de qualquer versão não-registrada de seus softwares. Dessa forma, acredita, é que o Linux poderá saltar para o lar dos brasileiros.

É uma possibilidade razoável: boa parte da população migrar para o Linux por causa das medidas da Microsoft. A empresa baixou muito o preço do Windows, é verdade, mas ainda é muito caro.

Então o que pode acontecer é: quem tiver dinheiro vai comprar o Windows original. Quem não tiver pode migrar para o Linux.

Fonte: Portal do SERPRO

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