O processador de textos transformou nosso modo de escrever? Redigir reportagens, teses, cartas para a namorada ou bilhetes infames direto no computador alterou nosso estilo da escrita? Indo além, mudou a maneira como argumentamos por meio de palavras escritas?
O fato de não precisarmos mais, como quando fazíamos na época em que redigíamos textos longos no papel ou à máquina, preparar mentalmente as frases antes de dar forma a elas teve algum efeito colateral?
Hoje funcionamos quase no automático. Sentamo-nos diante do PC ou notebook , agora iPad e demais tablets , e mandamos brasa. É mais ou menos assim: a tela em branco não perdura em seu estado imaculado nem um minuto, e lá vai o tec tec tec. Depois damos uma olhadela. Não, está ruim. Apaga. Começa de novo. Piorou, refaz. Tec tec tec. Bom, melhorou. Uma hora engrena.
O tec tec tec e o cheiro de celulose
Agora voltemos no tempo (quer dizer, voltemos, nós, que vivemos a era jurássico-celulósica em sua plenitude; quem já cresceu com a tela do PC, tente imaginar como era o processo).
Para escrever à máquina ou na folha de papel, o exercício natural era estruturar minimamente que fosse as primeiras frases mentalmente, para que, quando as escrevêssemos, o texto estivesse encaminhado. Era uma maneira de reduzir o retrabalho. Afinal, não dava para deletar (eis uma palavra filhote do que veio a seguir) folhas datilografadas ou enfeitadas com letras forjadas em cadernos de caligrafia.
O que pensar então das transformações na forma como escrevemos provocadas pela emergência dos 140 caracteres? E pelas mensagens enviadas por meio de smartphones, iPhones, iPads?
Fonte: Nave Digital
Hoje funcionamos quase no automático. Sentamo-nos diante do PC ou notebook , agora iPad e demais tablets , e mandamos brasa. É mais ou menos assim: a tela em branco não perdura em seu estado imaculado nem um minuto, e lá vai o tec tec tec. Depois damos uma olhadela. Não, está ruim. Apaga. Começa de novo. Piorou, refaz. Tec tec tec. Bom, melhorou. Uma hora engrena.
O tec tec tec e o cheiro de celulose
Agora voltemos no tempo (quer dizer, voltemos, nós, que vivemos a era jurássico-celulósica em sua plenitude; quem já cresceu com a tela do PC, tente imaginar como era o processo).
Para escrever à máquina ou na folha de papel, o exercício natural era estruturar minimamente que fosse as primeiras frases mentalmente, para que, quando as escrevêssemos, o texto estivesse encaminhado. Era uma maneira de reduzir o retrabalho. Afinal, não dava para deletar (eis uma palavra filhote do que veio a seguir) folhas datilografadas ou enfeitadas com letras forjadas em cadernos de caligrafia.
O que pensar então das transformações na forma como escrevemos provocadas pela emergência dos 140 caracteres? E pelas mensagens enviadas por meio de smartphones, iPhones, iPads?
Fonte: Nave Digital
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