Mark Zuckerberg é um canalha sem muita sofisticação afetiva. Não sabe reconhecer os verdadeiros amigos, não sabe tratar com respeito as mulheres com quem se envolve. É assim que o filme A Rede Social, dirigido por David Fincher (o mesmo de "O curioso caso de Benjamin Button") retrata o mais jovem bilionário do mundo e criador do Facebook: rede que massacrou MySpace e Orkut.
Exibido pela primeira vez no Brasil ao final da 34ª Mostra de Cinema de São Paulo, o filme, que entra em cartaz dia 3 dezembro, comoveu uma platéia célebre que reuniu diretores, críticos e atores para uma exibição a céu aberto na Sala Cinemateca.
A narrativa não linear de Fincher cria empatia por Mark Zuckerberg, um nerd de 19 anos ora afundado em problemas afetivos, ora aos 22 anos, já lidando com processos judiciais por roubo de propriedade intelectual.
Na versão do filme, cujo roteiro apoiou-se no livro O Bilionário Acidental, Zuckerberg é um programador brilhante que, após levar um fora da namorada, publica indiscrições contra ela na internet e hackeia o cadastro de alunos da faculdade para criar o embrião de seu projeto genial: uma rede em que amigos podem adicionar outros amigos e trocar fotos e mensagens.
As acusações mais graves começam quando Mark se envolve com dois remadores da elite de Harvard, os irmãos Winklevoss, garotões riquinhos que planejam criar uma rede social para universitários. No filme, Mark se apropria da ideia dos remadores para inventar um produto só seu, o Facebook.
Das diversas acusações que o filme lança contra Mark – desde mal tratar a ex-namorada até trair os colegas de alojamento que teriam contribuído com o Facebook, todas parecem ter estrutura frágil.
Zukerberg agiu mal ao publicar na web que sua ex tinha seios pequenos? Ou não reconhecer que os vizinhos de quarto e os irmãos Winklevoss o inspiraram? Certamente, sim. Aos 19 anos, não é fácil ter maturidade para superar um pé no traseiro ou reconhecer o valor dos verdadeiros amigos.
Daí a concluir que Zuckerberg enriqueceu a custa dessa gente vai uma galáxia de distância. Muita gente em Harvard tem ideias brilhantes, mas no caso do Facebook, quem virou madrugadas programando e levou a sério a ideia de construir uma rede social foi Mark, ele sim o verdadeiro empreendedor.
Situação diferente, porém, é a relação entre Zuckerberg e o paulista Eduardo Saverin. O programador brasileiro, de fato, trabalhou pela criação da rede social, conforme documentado em farta troca de e-mails entre ele e Mark. Saverin, inclusive, pagou de seu bolso o aluguel de servidores e custos iniciais para a criação da rede.
O filme joga duro com Zuckerberg ao apontá-lo como um traidor, que deixa Saverin de lado ao sentir-se seduzido pelo universo que Sean Parker, o criador do Naspter, lhe apresenta: contatos com investidores bilionários e festas regadas a sexo com lindas garotas (algumas menores de idade) e muita cocaína.
Confrontado com as acusações do filme, Mark definiu a obra como “uma grande fantasia”, ainda que reconheça a fidelidade da pesquisa ao reconstruir seu universo na faculdade. “De fato, cada camiseta ou jaqueta que meu personagem usa no filme é uma roupa que eu usei nos tempos de Harvard”, disse Zuckerberg em entrevista a New Yorker.
Se Mark enganou os irmãos Winklevoss e Saverin, o mal acabou contornado. Os primeiros receberam uma bolada em acordo judicial, o segundo foi reconhecido como co-fundador do Facebook e obteve, na Justiça, o direito a 5% do capital da rede bilionária.
Ao contrário do diz o nome do livro que inspirou o filme, não há nada de acidental na fortuna acumulada por Zuckerberg.
Fonte: INFO Online
A narrativa não linear de Fincher cria empatia por Mark Zuckerberg, um nerd de 19 anos ora afundado em problemas afetivos, ora aos 22 anos, já lidando com processos judiciais por roubo de propriedade intelectual.

As acusações mais graves começam quando Mark se envolve com dois remadores da elite de Harvard, os irmãos Winklevoss, garotões riquinhos que planejam criar uma rede social para universitários. No filme, Mark se apropria da ideia dos remadores para inventar um produto só seu, o Facebook.
Das diversas acusações que o filme lança contra Mark – desde mal tratar a ex-namorada até trair os colegas de alojamento que teriam contribuído com o Facebook, todas parecem ter estrutura frágil.
Zukerberg agiu mal ao publicar na web que sua ex tinha seios pequenos? Ou não reconhecer que os vizinhos de quarto e os irmãos Winklevoss o inspiraram? Certamente, sim. Aos 19 anos, não é fácil ter maturidade para superar um pé no traseiro ou reconhecer o valor dos verdadeiros amigos.
Daí a concluir que Zuckerberg enriqueceu a custa dessa gente vai uma galáxia de distância. Muita gente em Harvard tem ideias brilhantes, mas no caso do Facebook, quem virou madrugadas programando e levou a sério a ideia de construir uma rede social foi Mark, ele sim o verdadeiro empreendedor.
Situação diferente, porém, é a relação entre Zuckerberg e o paulista Eduardo Saverin. O programador brasileiro, de fato, trabalhou pela criação da rede social, conforme documentado em farta troca de e-mails entre ele e Mark. Saverin, inclusive, pagou de seu bolso o aluguel de servidores e custos iniciais para a criação da rede.
O filme joga duro com Zuckerberg ao apontá-lo como um traidor, que deixa Saverin de lado ao sentir-se seduzido pelo universo que Sean Parker, o criador do Naspter, lhe apresenta: contatos com investidores bilionários e festas regadas a sexo com lindas garotas (algumas menores de idade) e muita cocaína.
Confrontado com as acusações do filme, Mark definiu a obra como “uma grande fantasia”, ainda que reconheça a fidelidade da pesquisa ao reconstruir seu universo na faculdade. “De fato, cada camiseta ou jaqueta que meu personagem usa no filme é uma roupa que eu usei nos tempos de Harvard”, disse Zuckerberg em entrevista a New Yorker.
Se Mark enganou os irmãos Winklevoss e Saverin, o mal acabou contornado. Os primeiros receberam uma bolada em acordo judicial, o segundo foi reconhecido como co-fundador do Facebook e obteve, na Justiça, o direito a 5% do capital da rede bilionária.
Ao contrário do diz o nome do livro que inspirou o filme, não há nada de acidental na fortuna acumulada por Zuckerberg.
Fonte: INFO Online
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