Já à venda no Brasil, o Samsung Galaxy Tab é um tablet com sistema operacional Android que é frequentemente apontado como o primeiro concorrente sério do iPad, da Apple. Em termos de hardware ele supera seu adversário em vários quesitos, trazendo recursos como sintonizador de TV, duas câmeras, memória expansível e a capacidade de funcionar como smartphone. Mas hardware não é tudo.
Assim como jogos são decisivos para o sucesso de um console, software é decisivo para o sucesso de um smartphone ou Tablet. E o próprio Diretor de Produtos Móveis da Google, Hugo Barra, já admitiu que o Android 2.2 “Froyo” (sistema usado no Galaxy Tab) não é otimizado para tablets.
Daí surge a dúvida: será o Galaxy Tab um tablet de verdade, ou ele não passa de um smartphone gigante? Continue lendo para descobrir.
Abaixo da tela há quatro botões sensíveis ao toque com as funções padrão do Android: menu, home, back e search. Na lateral direita ficam o botão de liga/desliga e trava da tela e o controle de volume. Na parte de baixo, o conector de 30 pinos para o cabo de alimentação/dados e os alto-falantes. Há uma entrada para fones de ouvido no canto superior esquerdo.

Galaxy Tab: frente preta, traseira branca
Há alguns probleminhas de ergonomia. Em primeiro lugar, por causa do acabamento liso da frente e da traseira o Tab tende a escorregar quando segurado na horizontal com apenas uma das mãos.
O segundo problema é que, quando segurado na horizontal, a posição mais natural para um dos polegares é justamente sobre os botões sensíveis ao toque o que obriga o usuário a mudar a "pegada" se não quiser acionar menus e atalhos acidentalmente.
Ambos podem ser amenizados com o uso da capinha inclusa na embalagem. Sobre ela, outra curiosidade: ela abre da esquerda para a direita, o contrário do que estamos acostumados a ver em livros e revistas no ocidente.
O tablet da Samsung tem modem 3G e usa SIM Cards convencionais, os mesmos de seu telefone, sem malabarismos. E tem duas câmeras, uma primária de 3 MP com flash e autofoco e uma secundária de 1.3 MP, frontal, para videochamadas. Usando um headset Bluetooth ou fones de ouvido com microfone (ambos inclusos na embalagem) o Tab também vira um smartphone, capaz de fazer e receber chamadas.
Também há um sintonizador de TV, como em seu irmão menor Galaxy S. Aqui tivemos uma surpresa: além de TV digital ele também sintoniza as transmissões de TV analógica, ampliando em muito a lista de locais onde seu Tablet pode funcionar como um televisor portátil.

O Tab sintoniza TV Digital e Analógica, e grava os programas em cartão de memória
Infelizmente a Samsung copiou um mau-hábito da Apple: o Tab não tem portas USB, e a transferência de dados entre o aparelho e o PC e a recarga da bateria são feitas usando um cabo proprietário com conector de 30 pinos numa ponta e um conector USB na outra. Perca este cabo e seu Tab só terá mais algumas horas de vida até a bateria se esgotar e ele virar um peso de papel, pelo menos até você encontrar um substituto.
A Samsung inclui no aparelho alguns aplicativos próprios, como um navegador web (com suporte a flash), cliente de e-mail, agenda, calendário, bloco de notas, gerenciador de arquivos, dicionários de espanhol e português e mais. Também há ênfase na leitura, com aplicativos para ler e-Books e 16 livros da Livraria Cultura pré-instalados.
Mas fora estes há quase nenhum programa "para tablet" no Android Market. Para ser preciso encontramos uma meia-dúzia, entre eles o navegador Dolphin Browser HD e jogos como Radiant HD, EVAC HD, e títulos da Gameloft como Asphalt 5 e Hero of Sparta.
Temos que levar em conta que o Galaxy Tab rodou muito bem a maioria dos aplicativos "para smartphone" encontrados no Android Market, do cliente oficial para o Twitter até simples calculadoras. Em último caso, se um aplicativo não consegue se adaptar ao tamanho da tela ele roda em seu tamanho natural, centralizado na tela e cercado por uma borda preta.
Ainda assim, a sensação é de desperdiçar aquela tela enorme com programas feito para uma tela pequena. Não há nenhuma diferença entre rodar o aplicativo oficial do Twitter, por exemplo, em um Galaxy S ou no Galaxy Tab.
Em vários momentos o Galaxy Tab “engasgou” na rolagem de páginas, coisa que não acontece em seu rival da Apple. O problema é mais comum em páginas web com muitas imagens ou animações em Flash, mas também aconteceu quando tentamos rolar um documento longo no ThinkFree Office.
Isso não prejudica o uso do aparelho, mas considerando que a rolagem de páginas e documentos é uma das atividades mais comuns em um tablet, é estranho que o Galaxy Tab tropece justamente em um ponto tão visível.
A reprodução de vídeos e animações em Flash, um dos principais trunfos do Tab em relação ao iPad, também deixou a desejar. Mesmo vídeos do YouTube com baixa resolução (360p) sofrem com perda de quadros. Aliás, habilitar o plugin Flash deixa o navegador inteiro mais lento.
E apesar de contar com um player “nativo” de YouTube, capaz de reproduzir vídeo em alta qualidade sem problemas, o navegador insiste em carregar primeiro a versão em Flash dos vídeos. Esse é um problema comum a todos os aparelhos Android compatíveis com Flash, que prejudica a experiência do usuário e causa uma má-impressão.
Mas isso não quer dizer que o Galaxy Tab seja uma carroça. Ele lidera o páreo entre todos os aparelhos Android que já passaram por nossas mãos em benchmarks como o Quadrant e o Linpack, toca vídeo em alta-definição (720p) com perfeição e é um excelente videogame, seja para jogos antigos em emuladores como o Gensoid (que permite rodar jogos do Megadrive), títulos casuais como Angry Birds ou jogos sofisticados como Asphalt 5 e N.O.V.A.
O Galaxy Tab também grava filmes com resolução de até 720 x 480 pixels (D1, mesma de um DVD). O sintonizador de TV integrado (exclusividade no modelo nacional) é capaz de captar tanto as transmissões de TV analógica quanto TV Digital e permite gravar seus programas favoritos na memória interna ou em um cartão de memória. Ou seja, além de uma “TV portátil”, ele também é um videocassete portátil.
O reprodutor de vídeo é bastante versátil, e não tivemos problemas para reproduzir clipes em formatos como DiVX e MKV, tanto em resolução “padrão” (640 x 480 pixels) quando em HD (1280 x 720 pixels). Há suporte a legendas no popular formato SRT, basta que elas estejam no mesmo diretório que o filme e tenham o mesmo nome, mas com a extensão .srt (exemplo: filme.avi e filme.srt).
Já o reprodutor de áudio conta com um útil “widget” que permite controlar a música mesmo com a tela inicial “bloqueada”. Assim, não é preciso desbloquear a tela e abrir o reprodutor só para saber o nome da música que está tocando.
O Galaxy Tab chegou ao fim das 6 horas e meia de viagem com 38% de bateria restantes. Ou seja, neste perfil de uso podemos estimar a autonomia da bateria em cerca de 10 horas. Nada mal.
Quem comprá-lo hoje não irá se decepcionar, mas não podemos deixar de imaginar no que ele poderá se transformar quando os desenvolvedores de software começarem a explorar todos os seus recursos.
Fonte: PC World
Daí surge a dúvida: será o Galaxy Tab um tablet de verdade, ou ele não passa de um smartphone gigante? Continue lendo para descobrir.
Design
É difícil fugir do “Visual Tablet” padrão, mas a Samsung conseguiu destacar seu produto dos demais. A frente do Galaxy Tab é preta, assim como as bordas laterais, e a tampa traseira do modelo que testamos é branca. O aparelho pesa 380 gramas, mede 19 x 12 x 1,2 cm e é muito fácil de carregar por aí: fechado em seu case de plástico (que acompanha o aparelho) ele se parece com uma pequena agenda, e pode ser segurado com apenas uma mão sem cansar.Abaixo da tela há quatro botões sensíveis ao toque com as funções padrão do Android: menu, home, back e search. Na lateral direita ficam o botão de liga/desliga e trava da tela e o controle de volume. Na parte de baixo, o conector de 30 pinos para o cabo de alimentação/dados e os alto-falantes. Há uma entrada para fones de ouvido no canto superior esquerdo.
Galaxy Tab: frente preta, traseira branca
Há alguns probleminhas de ergonomia. Em primeiro lugar, por causa do acabamento liso da frente e da traseira o Tab tende a escorregar quando segurado na horizontal com apenas uma das mãos.
O segundo problema é que, quando segurado na horizontal, a posição mais natural para um dos polegares é justamente sobre os botões sensíveis ao toque o que obriga o usuário a mudar a "pegada" se não quiser acionar menus e atalhos acidentalmente.
Ambos podem ser amenizados com o uso da capinha inclusa na embalagem. Sobre ela, outra curiosidade: ela abre da esquerda para a direita, o contrário do que estamos acostumados a ver em livros e revistas no ocidente.
Hardware
O hardware do Galaxy Tab se parece muito com o do Samsung Galaxy S. Ambos são baseados em um processador ARM de 1 GHz com 512 MB de RAM. O Tab tem 16 GB de memória Flash interna, expansível com cartões microSD. A tela tem a mesma resolução da tela do iPad, 1024x600 pixels, embora seja fisicamente menor, com apenas 7 polegadas.O tablet da Samsung tem modem 3G e usa SIM Cards convencionais, os mesmos de seu telefone, sem malabarismos. E tem duas câmeras, uma primária de 3 MP com flash e autofoco e uma secundária de 1.3 MP, frontal, para videochamadas. Usando um headset Bluetooth ou fones de ouvido com microfone (ambos inclusos na embalagem) o Tab também vira um smartphone, capaz de fazer e receber chamadas.
Também há um sintonizador de TV, como em seu irmão menor Galaxy S. Aqui tivemos uma surpresa: além de TV digital ele também sintoniza as transmissões de TV analógica, ampliando em muito a lista de locais onde seu Tablet pode funcionar como um televisor portátil.
O Tab sintoniza TV Digital e Analógica, e grava os programas em cartão de memória
Infelizmente a Samsung copiou um mau-hábito da Apple: o Tab não tem portas USB, e a transferência de dados entre o aparelho e o PC e a recarga da bateria são feitas usando um cabo proprietário com conector de 30 pinos numa ponta e um conector USB na outra. Perca este cabo e seu Tab só terá mais algumas horas de vida até a bateria se esgotar e ele virar um peso de papel, pelo menos até você encontrar um substituto.
Aplicativos
No coração, o Galaxy Tab nada mais é que um smartphone Android com tela grande. E esse é o principal "problema", a falta de aplicativos otimizados para tirar proveito dela.A Samsung inclui no aparelho alguns aplicativos próprios, como um navegador web (com suporte a flash), cliente de e-mail, agenda, calendário, bloco de notas, gerenciador de arquivos, dicionários de espanhol e português e mais. Também há ênfase na leitura, com aplicativos para ler e-Books e 16 livros da Livraria Cultura pré-instalados.
Mas fora estes há quase nenhum programa "para tablet" no Android Market. Para ser preciso encontramos uma meia-dúzia, entre eles o navegador Dolphin Browser HD e jogos como Radiant HD, EVAC HD, e títulos da Gameloft como Asphalt 5 e Hero of Sparta.
Temos que levar em conta que o Galaxy Tab rodou muito bem a maioria dos aplicativos "para smartphone" encontrados no Android Market, do cliente oficial para o Twitter até simples calculadoras. Em último caso, se um aplicativo não consegue se adaptar ao tamanho da tela ele roda em seu tamanho natural, centralizado na tela e cercado por uma borda preta.
Ainda assim, a sensação é de desperdiçar aquela tela enorme com programas feito para uma tela pequena. Não há nenhuma diferença entre rodar o aplicativo oficial do Twitter, por exemplo, em um Galaxy S ou no Galaxy Tab.
Desempenho
Era espero que o Samsung Galaxy Tab tivesse ao menos o mesmo desempenho de seu irmão menor, o Galaxy S. Talvez até um pouco melhor, já que o sistema operacional Android 2.2 traz um ganho considerável de desempenho sobre a versão 2.1. Mas na prática, ficamos levemente desapontados.Em vários momentos o Galaxy Tab “engasgou” na rolagem de páginas, coisa que não acontece em seu rival da Apple. O problema é mais comum em páginas web com muitas imagens ou animações em Flash, mas também aconteceu quando tentamos rolar um documento longo no ThinkFree Office.
Isso não prejudica o uso do aparelho, mas considerando que a rolagem de páginas e documentos é uma das atividades mais comuns em um tablet, é estranho que o Galaxy Tab tropece justamente em um ponto tão visível.
A reprodução de vídeos e animações em Flash, um dos principais trunfos do Tab em relação ao iPad, também deixou a desejar. Mesmo vídeos do YouTube com baixa resolução (360p) sofrem com perda de quadros. Aliás, habilitar o plugin Flash deixa o navegador inteiro mais lento.
E apesar de contar com um player “nativo” de YouTube, capaz de reproduzir vídeo em alta qualidade sem problemas, o navegador insiste em carregar primeiro a versão em Flash dos vídeos. Esse é um problema comum a todos os aparelhos Android compatíveis com Flash, que prejudica a experiência do usuário e causa uma má-impressão.
Mas isso não quer dizer que o Galaxy Tab seja uma carroça. Ele lidera o páreo entre todos os aparelhos Android que já passaram por nossas mãos em benchmarks como o Quadrant e o Linpack, toca vídeo em alta-definição (720p) com perfeição e é um excelente videogame, seja para jogos antigos em emuladores como o Gensoid (que permite rodar jogos do Megadrive), títulos casuais como Angry Birds ou jogos sofisticados como Asphalt 5 e N.O.V.A.
Multimídia
A câmera traseira de 3 MP do Galaxy Tab tira fotos decentes para algo em sua categoria, mas não espere aposentar sua câmera doméstica. As imagens tendem a ter as cores “lavadas”, e o menor movimento no objeto sendo fotografado resulta em borrões na imagens. Fotos noturnas tendem a ter bastante ruído, e o flash “lava” os objetos mais próximos da lente.O Galaxy Tab também grava filmes com resolução de até 720 x 480 pixels (D1, mesma de um DVD). O sintonizador de TV integrado (exclusividade no modelo nacional) é capaz de captar tanto as transmissões de TV analógica quanto TV Digital e permite gravar seus programas favoritos na memória interna ou em um cartão de memória. Ou seja, além de uma “TV portátil”, ele também é um videocassete portátil.
O reprodutor de vídeo é bastante versátil, e não tivemos problemas para reproduzir clipes em formatos como DiVX e MKV, tanto em resolução “padrão” (640 x 480 pixels) quando em HD (1280 x 720 pixels). Há suporte a legendas no popular formato SRT, basta que elas estejam no mesmo diretório que o filme e tenham o mesmo nome, mas com a extensão .srt (exemplo: filme.avi e filme.srt).
Já o reprodutor de áudio conta com um útil “widget” que permite controlar a música mesmo com a tela inicial “bloqueada”. Assim, não é preciso desbloquear a tela e abrir o reprodutor só para saber o nome da música que está tocando.
Bateria
A autonomia de bateria do Galaxy Tab é estimada pela Samsung em 7 horas de uso contínuo. O teste foi feito em um cenário mais realista, em uma longa viagem de ônibus em um fim de semana. Deixamos o controle de brilho no automático, desligamos o Wi-Fi, deixamos o GPS ligado e o aparelho sempre conectado a uma rede 3G.O Galaxy Tab chegou ao fim das 6 horas e meia de viagem com 38% de bateria restantes. Ou seja, neste perfil de uso podemos estimar a autonomia da bateria em cerca de 10 horas. Nada mal.
Conclusão
O Galaxy Tab é um excelente gadget, mas sofre com a falta de software que explore todo o seu potencial. Em vários momentos a sensação de “isso é um smartphone gigante” é clara. Os problemas na reprodução de conteúdo em Flash são irritantes, mas comuns a todos os smartphones Android atualmente no mercado.Quem comprá-lo hoje não irá se decepcionar, mas não podemos deixar de imaginar no que ele poderá se transformar quando os desenvolvedores de software começarem a explorar todos os seus recursos.
Samsung Galaxy Tab barato aqui!
Fonte: PC World
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