sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sugestão de Livros para Iniciante em Filosofia

Filosofia fácil para iniciantes.

Todas as disciplinas têm as suas dificuldades próprias, e nenhuma se aprende se não for estudada. O que dizemos é que a Filosofia não se memoriza como se faz com um número de telefone, uma fórmula química, um poema de Camões ou uma receita de culinária. A Filosofia estuda-se refletindo sobre as ideias, as concepções, os princípios propostos pelos filósofos, pelas circunstâncias da vida, compreendendo e elucidando o seu sentido e amplitude. Para aqueles que pretendem iniciar-se nos estudos da filosofia sentem-se perdidos perante a imensidão de bibliografias e filósofos. Veja algumas dicas de livros para inciantes em Filosofia:

Zadig - de Voltaire - Outro dos contos de Voltaire, porém este tem um enfoque diferente. A trama se passa na Babilônia e Zadig é um exemplo de homem virtuoso que vive mil aventuras atrás de seu verdadeiro amor e acaba virando um rei. O interessante é que este livro, ao contrário de Cândido, desculpa a providência e os desígnios superiores.

O Príncipe - de Maquiavel - O que dizer do mais importante livro de política da Idade Moderna? Apenas que mudou a maneira de se ver o mundo. Escrito no contexto político da Itália na Renascença, que, segundo o autor, precisava ser unificada, este é o livro que separou a política da ética e da religião. Leia o livro e descubra porque simplificações e chavões como “os fins justificam os meios” não servem para resumir um autor.

O manifesto do Partido Comunista - de Marx e Engels. Um clássico indispensável para intelectuais de todas as áreas e tendências. Verdadeiramente bombástico, é cheio de efeitos retóricos, pois é dirigido ao grande público, ao contrário dos escritos mais “esotéricos” de Marx. O momento histórico tratado é o que viviam os operários e o partido comunista pela metade do século XIX. Apresenta uma brilhante interpretação do processo histórico que levou à ascenção da “mais revolucionária das classes - a burguesa” e à Revolução Industrial- que modificou toda a civilização, a sociedade, as relações de trabalho e os modos de produção. A frase-síntese desta análise já rendeu até um título de livro de Marshall Berman: “Tudo o que é sólido desmancha no ar”.

Cândido - de Voltaire - Um dos melhores contos de Voltaire, critica abertamente o “otimismo leibniziano” que propõe este mundo como o melhor mundo possível de acordo com a Providência. O pessimismo de Voltaire se justificou ao observar o massacre de inocentes durante um terremoto em Lisboa. Cândido é um personagem ingênuo, que sai de sua terra natal e percorre o mundo - inclusive El Dourado na América - sempre lidando com a ganãncia e malignidade alheia.

Confissões - de Santo Agostinho - Este livro pode irritar os mais jovens, que tem uma relutância natural contra a prosa religiosa. Porém, quando estudado com calma se encontra - além das louvações do Santo - uma argumentação extremamente aguçada, concatenada e racional acerca dos problemas que afligem a humanidade: a origem do mal, a salvação divina, a relação entre fé e razão etc. Além disso, Agostinho praticamente inaugura o gênero autobiográfico com este livro.

Confissões - de Jean-Jacques Rousseau - Rousseau, que sempre criticou a hipocrisia da sociedade ocidental, escreve este livro de peito aberto, contando sua vida desde as mais remotas lembranças da infância, sem procurar louvar a sua pessoa ou satisfazer sua vaidade. Uma viagem introspectiva, psicológica, ao universo interior deste pensador importantíssimo que reformulou as ciências humanas.

Apologia de Sócrates - de Platão - Este é um clássico absoluto. Platão apresenta como poderia ter sido a defesa de Sócrates diante do democrático tribunal ateniense, quando acusado por Anito e seus comparsas de corromper os jovens e negar os deuses do estado. Teria sido Sócrates realmente um mártir? Poderia ele ter escapado da sentença se assim desejasse? Teria a acusação sido feita pela militância aristocrática contra o regime de Péricles? Navegue por este livro para tentar achar as respostas.

A Utopia de Thomas More - Este livro pode ser lido como um simples romance, embora naturalmente não o seja. Nele estão presentes a teoria política, a crítica social, a construção de valores, propostas científicas e éticas. Tão importante que cunhou o termo utopia, porém de leitura fluente e fácil.

A política - de Aristóteles - O livro-síntese do pensamento político clássico , trata das diferentes formas de governo e de organização social, segundo o significado original de política - as coisas relativas à Pólis. Diversas edições e traduções.


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