Fotos tiradas pela atriz norte-americana Scarlett Johansson nua na intimidade de sua casa pararam em diversos sites da web na metade de setembro, depois que foram roubadas de seu smartphone BlackBerry. O caso ainda não foi solucionado, mas o caso se tornou parte de uma grande investigação do Federal Bureau of Investigation (FBI), que trabalha com a hipótese de que hackers teriam invadido o celular da atriz por meio da internet.
Quem tem um smartphone conectado à internet está cada vez mais exposto a ataques virtuais. Por meio de aplicativos maliciosos e mensagens infectadas com vírus, em vez de fotos reveladoras, cibercriminosos tentam conseguir informações para roubar dinheiro.
E estes ataques estão dando certo: de acordo com dados da empresa de segurança McAfee, o número de malware, categoria que inclui vírus e outros programas maliciosos, dobrou em pouco mais de dois anos.
“Em seis anos os vírus para smartphones tiveram a mesma evolução que os vírus para desktop tiveram em duas décadas”, diz José Matias Neto, gerente de suporte técnico da McAfee para a América Latina.
Apesar do crescimento, a categoria de malware para smartphones ainda representa uma pequena porção do total de vírus desenvolvidos para computadores. No segundo trimestre de 2011, havia 1.200 variações de vírus, de acordo com a McAfee, enquanto foram registrados quase 6 milhões de vírus para computadores.
A primeira ameaça para smartphones apareceu em 2004, quando ainda existiam poucos smartphones no mercado. A maioria deles tinha sistema operacional desenvolvido pelo próprio fabricante, como o BlackBerry, e também havia alguns aparelhos com o sistema operacional Windows Mobile, da Microsoft. Conhecido como Mosquito, tratava-se de um cavalo-de-troia disfarçado de game, que enviava mensagens para números pagos, sem o consentimento do usuário.
Logo depois apareceram outros programas maliciosos, como o worm Cabir, que rapidamente passou a infectar aparelhos em diversos países, por meio de conexões Bluetooth desprotegidas.
“Eles continuaram a desenvolver outras variações desses programas, porque o crime se mostrou lucrativo”, diz Tim Armstrong, analista de malware da Kaspersky para os Estados Unidos. A empresa, que usa uma metodologia de pesquisa diferente da McAfee, aponta que já existem mais de 4 mil tipos de vírus para smartphones. China e Rússia lideram na produção deste tipo de vírus.
Com a chegada do iPhone e dos aparelhos com sistema operacional Android ao mercado, e seu repentino sucesso de vendas, os cibercriminosos viram que criar malware para smartphones – muitas vezes para diversos modelos de uma vez só - poderia ser ainda mais lucrativo. Em 2008, logo após a chegada do HTC G1, primeiro aparelho com Android do mercado, os ataques se multiplicaram. “Tivemos um grande ‘boom’ e o número de ameaças quase dobrou em um ano”, diz Neto, da McAfee.
Um dos motivos que contribuíram para o aumento da quantidade de ataques foi o lançamento das lojas de aplicativos, que se tornaram uma das formas de disseminar o código malicioso, sem precisar invadir o aparelho do usuário.
Por meio delas, os criminosos disponibilizam aplicativos falsos, que se escondem sob games e até antivírus, e os próprios usuários completam o serviço. “O usuário ainda tem a sensação de que não precisa de antivírus no smartphone”, diz Fabiano Tricarico, gerente nacional de vendas da Symantec no Brasil.
Os aplicativos instalam vírus e outros malwares no aparelho do usuário, deixando o usuário à mercê do criminoso, que passa controlar recursos e informações. “Muitas vezes a pessoa infecta o computador quando conecta o smartphone para sincronizar informações”, diz Tricarico. “Muitas empresas agora enfrentam problemas de segurança na rede por conta do uso desses aparelhos no trabalho.” No atual momento, os smartphones com Android são as principais vítimas de ataques.
Apesar de as empresas de segurança não fornecerem dados sobre os ataques de malware em smartphones no Brasil, especialistas apontam que a tendência é de crescimento, já que aumenta o número de brasileiros que possuem smartphone.
Os ataques também devem se tornar mais “certeiros” nos próximos anos. “Os cibercriminosos já passaram da fase de aprendizado e criam ataques cada vez mais avançados”, diz Neto, da McAfee.
Como usam sistema operacional igual ao do smartphones, os tablets são o próximo alvo dos cibercriminosos. Apesar de os ataques direcionados para esses aparelhos ainda representarem apenas uma pequena parcela, podem trazer retorno mais rápido, já que os usuários têm acesso a poucas opções de sistemas de segurança disponíveis.
Dentre os cinco principais antivírus do mercado para dispositivos móveis, apenas dois foram desenvolvidos também para funcionar em tablets, embora os outros também rodem nesses aparelhos.
Fonte: IG Tecnologia
E estes ataques estão dando certo: de acordo com dados da empresa de segurança McAfee, o número de malware, categoria que inclui vírus e outros programas maliciosos, dobrou em pouco mais de dois anos.
“Em seis anos os vírus para smartphones tiveram a mesma evolução que os vírus para desktop tiveram em duas décadas”, diz José Matias Neto, gerente de suporte técnico da McAfee para a América Latina.
Apesar do crescimento, a categoria de malware para smartphones ainda representa uma pequena porção do total de vírus desenvolvidos para computadores. No segundo trimestre de 2011, havia 1.200 variações de vírus, de acordo com a McAfee, enquanto foram registrados quase 6 milhões de vírus para computadores.
A primeira ameaça para smartphones apareceu em 2004, quando ainda existiam poucos smartphones no mercado. A maioria deles tinha sistema operacional desenvolvido pelo próprio fabricante, como o BlackBerry, e também havia alguns aparelhos com o sistema operacional Windows Mobile, da Microsoft. Conhecido como Mosquito, tratava-se de um cavalo-de-troia disfarçado de game, que enviava mensagens para números pagos, sem o consentimento do usuário.
Logo depois apareceram outros programas maliciosos, como o worm Cabir, que rapidamente passou a infectar aparelhos em diversos países, por meio de conexões Bluetooth desprotegidas.
“Eles continuaram a desenvolver outras variações desses programas, porque o crime se mostrou lucrativo”, diz Tim Armstrong, analista de malware da Kaspersky para os Estados Unidos. A empresa, que usa uma metodologia de pesquisa diferente da McAfee, aponta que já existem mais de 4 mil tipos de vírus para smartphones. China e Rússia lideram na produção deste tipo de vírus.
Aplicativos maliciosos assumem controle
Com a chegada do iPhone e dos aparelhos com sistema operacional Android ao mercado, e seu repentino sucesso de vendas, os cibercriminosos viram que criar malware para smartphones – muitas vezes para diversos modelos de uma vez só - poderia ser ainda mais lucrativo. Em 2008, logo após a chegada do HTC G1, primeiro aparelho com Android do mercado, os ataques se multiplicaram. “Tivemos um grande ‘boom’ e o número de ameaças quase dobrou em um ano”, diz Neto, da McAfee.
Um dos motivos que contribuíram para o aumento da quantidade de ataques foi o lançamento das lojas de aplicativos, que se tornaram uma das formas de disseminar o código malicioso, sem precisar invadir o aparelho do usuário.
Por meio delas, os criminosos disponibilizam aplicativos falsos, que se escondem sob games e até antivírus, e os próprios usuários completam o serviço. “O usuário ainda tem a sensação de que não precisa de antivírus no smartphone”, diz Fabiano Tricarico, gerente nacional de vendas da Symantec no Brasil.
Os aplicativos instalam vírus e outros malwares no aparelho do usuário, deixando o usuário à mercê do criminoso, que passa controlar recursos e informações. “Muitas vezes a pessoa infecta o computador quando conecta o smartphone para sincronizar informações”, diz Tricarico. “Muitas empresas agora enfrentam problemas de segurança na rede por conta do uso desses aparelhos no trabalho.” No atual momento, os smartphones com Android são as principais vítimas de ataques.
Tablets devem ser próximo alvo
Apesar de as empresas de segurança não fornecerem dados sobre os ataques de malware em smartphones no Brasil, especialistas apontam que a tendência é de crescimento, já que aumenta o número de brasileiros que possuem smartphone.
Os ataques também devem se tornar mais “certeiros” nos próximos anos. “Os cibercriminosos já passaram da fase de aprendizado e criam ataques cada vez mais avançados”, diz Neto, da McAfee.
Como usam sistema operacional igual ao do smartphones, os tablets são o próximo alvo dos cibercriminosos. Apesar de os ataques direcionados para esses aparelhos ainda representarem apenas uma pequena parcela, podem trazer retorno mais rápido, já que os usuários têm acesso a poucas opções de sistemas de segurança disponíveis.
Dentre os cinco principais antivírus do mercado para dispositivos móveis, apenas dois foram desenvolvidos também para funcionar em tablets, embora os outros também rodem nesses aparelhos.
Fonte: IG Tecnologia
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