Comprar um tablet ou um netbook? Qual é melhor? O dúvida cruel! Que tal comprar ambos simultaneamente? Quando os primeiros tablets (mais especificamente o iPad) chegaram ao mercado, houve uma grande discussão sobre se eles iriam “matar” ou não os netbooks. Defensores dos tablets apontavam várias vantagens como a maior autonomia de bateria, o fato de que ligam instantâneamente e o melhor desempenho em jogos e multimídia.
Enquanto isso a turma dos netbooks contra-atacava com um argumento contundente: tablets são bons para consumir conteúdo, mas não tão bons na hora de criá-lo por causa de limitações como o teclado virtual e a escassez de portas para plugar pendrives, cartões de memória ou impressoras.
Mas e se fosse possível ter o melhor dos dois mundos? Um tablet que, na hora de “pegar no batente”, pudesse se transformar em um netbook completo com teclado, trackpad e todas as portas a que temos direito? Essa é a proposta do ASUS Eee Pad Transformer (preço aqui, com Wi-Fi e 16 GB de memória interna), recém lançado no Brasil.

ASUS EeePad Transformer: tablet ou netbook, você decide!
Baseado no poderoso processador Nvidia Tegra 2 de 1 GHz e rodando o sistema operacional Android 3, ele pode operar tanto como tablet quanto como netbook, e trocar de um modo para outro instantâneamente. E ao contrário do pato, que nada, voa e anda na terra mas não faz nada disso particularmente bem, o Transformer impressiona, não importa como é usado.
Falando na tela, ela usa a mesma tecnologia IPS do iPad. Isso lhe dá um ângulo de visão de 178 graus, segundo o fabricante, o que confirmamos na prática: não importa de que ângulo você olhe para a tela, a imagem nunca vai parecer lavada, distorcida ou com as cores invertidas.
O peso de 680 gramas é o mesmo de um iPad Wi-Fi de primeira geração, e um pouco mais pesado que um iPad 2 (600 gramas). Nas mãos o peso é bastante equilibrado, o que torna o aparelho confortável durante o uso.

Por dentro, o Eee Pad Transformer é baseado na mesma plataforma de hardware de todos os seus concorrentes com Android 3: um processador nVidia Tegra 2 de 1 GHz, acompanhado por 1 GB de RAM. Além disso há 16 GB de espaço interno para seus arquivos, fotos e músicas, que pode ser expandido com cartões microSD (de até 32 GB) inseridos em um slot na lateral direita do tablet.
A câmera traseira tem resolução de 5 MP e não tem flash. Não consideramos isso como um problema pois um tablet não deve ser visto como substituto de uma câmera digital doméstica ou mesmo da câmera de um smartphone: ele deve ser visto como uma "câmera de oportunidade", para aqueles momentos em que tudo o que você tem em mãos é o tablet, e não pode perder a foto.
Além de fotografar, a câmera traseira também pode ser usada para gravar vídeos em alta-definição (720p). Uma outra câmera, de 1,3 MP e colocada logo acima da tela, pode ser usada para videochamadas. A qualidade das imagens, tanto das fotos como dos vídeos, está na média dos smartphones com câmeras da mesma categoria: aceitáveis, mas com muito ruído, mesmo em áreas claras. Infelizmente os vídeos tem som muito baixo e a posição do microfone (na lateral direita) torna fácil cobrí-lo com a mão, o que deixa o som parecido com o de um "telefone de latinha".

Na lateral direita há uma porta mini HDMI, que pode ser usada para ligar o Transformer a TVs de alta-definição. O cabo não está incluso, mas pode ser encontrado facilmente em lojas de eletrônicos. Em último caso um adaptador mini HDMI para HDMI e um cabo HDMI normal também funcionam. Ponto para a ASUS nesse quesito, já que os tablets concorrentes exigem o uso de adaptadores proprietários, e caros, para a mesma tarefa.
O design do Eee Pad Transformer é digno de nota: a unidade que recebemos para review tem uma tampa traseira com um padrão de minúsculos triângulos em baixo-relevo, formando um desenho intrincado e elegante. A cor bronze também foge da mesmice do preto, branco ou prata de quase todos os outros tablets no mercado.
Só há um problema: como a tela tem proporção “widescreen” é difícil digitar com os dedões, já que eles não alcançam as teclas centrais. A solução é colocar o tablet no colo, ou mudar para o modo retrato.
O sistema operacional se mostrou muito mais estável do que a versão 3.0, que era usada no Motorola Xoom. Naquela versão tivemos problemas com aplicativos fechando inesperadamente, travando ou tendo problemas para redesenhar a tela, o que não aconteceu com o Android 3.2 no Transformer. Do ponto de vista do usuário, as principais mudanças nesta versão são a capacidade de redimensionar os widgets na tela inicial e um sistema de multitarefa aprimorado: agora é possível visualizar quantos aplicativos estiverem abertos, em vez de apenas os últimos seis como anteriormente.
Segundo a ASUS seu tablet roda o que chama de “Waveshare UI”. Ao contrário do que o nome sugere, não se trata de uma interface gráfica nova que substitui a interface padrão do Honeycomb: esta está praticamente intacta. Mas a empresa adicionou vários aplicativos e utilitários ao tablet, para tornar a experiência de uso mais agradável.
Entre eles estão um gerenciador de arquivos, o MyNet (para facilitar o compartilhamento de fotos e vídeos com TVs de alta-definição, via DLNA), o MyLibrary (leitor e loja de eBooks) e o MyCloud, que combina armazenamento de documentos “na nuvem” (o que a ASUS chama de MyContent) com a capacidade de controlar remotamente um PC com Windows (chamada MyDesktop). Todo proprietário de um Eee Pad Transformer tem direito a um ano de espaço ilimitado para armazenamento online, grátis.
Infelizmente o principal problema,assim como no Xoom, é a falta de aplicativos otimizados para tablets Honeycomb. A situação melhorou um pouco: se consegue encontrar bons apps para Twitter (Plume) e Google Reader (Reader HD), além de jogos otimizados para o aparelho usando o aplicativo Tegra Zone (gratuito no Market).
Mas ainda assim, são cerca de 300 aplicativos otimizados, segundo o último levantamento “não-oficial”, contra mais de 75 mil apps para iPad na App Store da Apple. E a Google continua pisando na bola: seis meses depois do primeiro tablet Honeycomb chegar ao mercado o Android Market ainda não tem uma seção dedicada para eles, nem faz distinção clara entre um app otimizado ou não. O descaso é lamentável.
Não podemos deixar de mencionar que o Transformer já vem com um excelente pacote de aplicativos de escritório, o Polaris Office, que inclui planilha de cálculo, processador de textos e editor de apresentações. Além de compatível com documentos do Microsoft Office ele também se integra a serviços como Google Docs e Box.net, permitindo que você acesse e edite documentos armazenados na nuvem.
Infelizmente, para isso ele baixa uma cópia do arquivo para a memória interna do tablet, e depois sobe uma nova versão para o servidor, em vez de editar a diretamente a cópia online. E para imprimir é necessário um processo em dois passos: primeiro o documento deve ser enviado para o Google Docs. A partir de lá ele pode ser impresso usando o sistema Google Cloud Print, que requer um PC ligado à impressora e rodando o Google Chrome como intermediário. Mas depois que tudo foi configurado se consegue imprimir sem problemas.
O teclado segue o estilho “ilha”, com teclas quadradas, planas, isoladas e um tanto pequenas. O layout foi adaptado ao Android: no lugar da “tecla Windows” de um netbook fica o botão “Home”, com um botão para efetuar buscas à sua direita, onde tradicionalmente ficaria uma tecla Alt. Não há teclas de função (F1, F2, etc...), substituídas por teclas para ajuste de brilho, controles multimídia (play, pause, etc) e atalhos para o navegador ou preferências do sistema.

O trackpad é largo, espaçoso e capaz de registrar múltiplos toques. Graças à isso praticamente não é necessário tocar na tela do Transformer quando ele está acoplado à base, o que completa a ilusão de se estar usando um netbook. Uma curiosidade: embora o Android não tenha o conceito de “clique com o botão direito” o trackpad tem dois botões: o esquerdo funciona como um toque na tela, e o direito como o botão “Voltar” (Back), também presente no teclado.
A dock também traz duas portas USB (uma em cada lado) e um leitor de cartões SD. As portas podem ser usadas tanto para plugar pendrives como acessórios: testamos um mouse sem fio da Lenovo, que tem um pequeno receptor USB, e ele funcionou sem nenhum problema nem necessidade de configuração. Segundo a ASUS, acessórios como joysticks também são compatíveis.
O gerenciador de arquivos incluso no sistema pode ser usado para copiar arquivos de um pendrive (visto como “Removable/USBdisk1”) ou cartão SD (visto como “Removable/SD”) para a memória interna (vista como “/sdcard”) e vice-versa. O sistema reconhece apenas um pendrive por vez: para copiar arquivos de um pendrive para outro é preciso armazená-los temporariamente na memória interna. A cópia direta de arquivos de um pendrive para um cartão SD é possível, já que os dois podem ser acessados simultâneamente.
Para “transformar” o tablet em netbook basta empurrar a trava acima do teclado para a esquerda e encaixar o Transformer na dock. A transição é transparente e instantânea, e em um segundo teclado e trackpad estão prontos para o uso. Para voltar ao modo tablet basta reverter o processo.
É preciso frisar o quão natural é usar o Eee Transformer no modo netbook. Durante o dia-a-dia com um PC adquirimos vários hábitos e atalhos para ganhar tempo. Coisas como digitar Ctrl+T no navegador para abrir uma nova aba, Ctrl+L para acessar a barra de endereços do navegador, ou usar PageUp / PageDown (ou Espaço e Shift+Espaço, no Google Chrome) para rolar uma página. Tudo isso funciona no Transformer quando acoplado à Eee Station, tornando a transição completamente transparente.
Há um inconveniente quanto à Eee Station é o fato de que não há como consultar quanta carga resta na bateria. Há um pequeno LED na lateral esquerda que pisca quando ela está acabando, mas não há em nenhum lugar um indicador mais preciso, algo como “60% restante na Eee Station, 100% no Tablet”.
É difícil comparar diretamente o Transformer com seu principal concorrente, o iPad 2, já que não há benchmarks que executam os mesmos testes, com os mesmos parâmetros, em múltiplas plataformas. O mais próximo é o benchmark SunSpider, que mede o desempenho do navegador na execução de código em JavaScript.
Mas como tanto o navegador do iPad 2 (Safari) quanto o do Transformer (Navegador) são baseados na mesma base de código (chamada Webkit), dá para ter uma idéia do desempenho comparando os resultados. O resultado foi praticamente um empate técnico: o tablet da ASUS terminou os testes em 2206.4 milissegundos, apenas 70 ms (cerca de 3%) mais lento que o iPad 2. Na prática a diferença é nula.
Em termos mais palpáveis o Transformer também não desapontou: se consegue rodar vídeo em HD (720p) no formato MKV sem problemas com o DICE Player (cerca de R$ 7,00 no Market) já que o player padrão do Honeycomb não reconhece o formato. E jogos otimizados para o processador Tegra 2 como “Galaxy on Fire 2” é impressionante com seus gráficos detalhados, muito mais sofisticados que a versão correspondente para o iPad. Veja o vídeo abaixo:
Nesse perfil o Transformer consumiu cerca de 11% de bateria por hora, com uma autonomia de cerca de 9 horas e 5 minutos. Nada mal, já que superou a marca do fabricante. E se você quiser assistir vídeo durante uma viagem e ativar o “Modo Avião”, que desliga Wi-Fi, GPS e Bluetooth, temos certeza de que conseguirá um tempinho extra. Vale mencionar que a Eee Station tem uma bateria extra que recarrega o Transformer sempre que ele é conectado, e extende a autonomia em mais 8 horas.
Mas o Transformer chama mesmo a atenção quando combinado à Eee Station, que o torna incrivelmente mais versátil. Para a maioria dos usuários apenas o tablet será o suficiente. Mas se você é um estudante, jornalista ou não abre mão de muitas portas e conectores, a Eee Station (vendida separadamente) é essencial.
Fonte: PC World
Mas e se fosse possível ter o melhor dos dois mundos? Um tablet que, na hora de “pegar no batente”, pudesse se transformar em um netbook completo com teclado, trackpad e todas as portas a que temos direito? Essa é a proposta do ASUS Eee Pad Transformer (preço aqui, com Wi-Fi e 16 GB de memória interna), recém lançado no Brasil.

ASUS EeePad Transformer: tablet ou netbook, você decide!
Baseado no poderoso processador Nvidia Tegra 2 de 1 GHz e rodando o sistema operacional Android 3, ele pode operar tanto como tablet quanto como netbook, e trocar de um modo para outro instantâneamente. E ao contrário do pato, que nada, voa e anda na terra mas não faz nada disso particularmente bem, o Transformer impressiona, não importa como é usado.
Hardware
O Eee Pad Transformer mede 27 cm de largura e 18 cm de altura, com apenas 1,3 cm de espessura. Como todo tablet Honeycomb atualmente no mercado, sua tela de 10.1" tem proporção Widescreen, com resolução de 1280 x 800 pixels. Apesar da tela ter o mesmo tamanho da usada em concorrentes como o Samsung Galaxy Tab 10.1, ele é mais largo: a ASUS optou por adicionar uma espessa (3 mm no topo e na parte de baixo, 8 mm nas laterais) borda metálica à tela, além da tradicional borda preta.Falando na tela, ela usa a mesma tecnologia IPS do iPad. Isso lhe dá um ângulo de visão de 178 graus, segundo o fabricante, o que confirmamos na prática: não importa de que ângulo você olhe para a tela, a imagem nunca vai parecer lavada, distorcida ou com as cores invertidas.
O peso de 680 gramas é o mesmo de um iPad Wi-Fi de primeira geração, e um pouco mais pesado que um iPad 2 (600 gramas). Nas mãos o peso é bastante equilibrado, o que torna o aparelho confortável durante o uso.

Borda metálica deixa o tablet maior do que deveria ser
Por dentro, o Eee Pad Transformer é baseado na mesma plataforma de hardware de todos os seus concorrentes com Android 3: um processador nVidia Tegra 2 de 1 GHz, acompanhado por 1 GB de RAM. Além disso há 16 GB de espaço interno para seus arquivos, fotos e músicas, que pode ser expandido com cartões microSD (de até 32 GB) inseridos em um slot na lateral direita do tablet.
A câmera traseira tem resolução de 5 MP e não tem flash. Não consideramos isso como um problema pois um tablet não deve ser visto como substituto de uma câmera digital doméstica ou mesmo da câmera de um smartphone: ele deve ser visto como uma "câmera de oportunidade", para aqueles momentos em que tudo o que você tem em mãos é o tablet, e não pode perder a foto.
Além de fotografar, a câmera traseira também pode ser usada para gravar vídeos em alta-definição (720p). Uma outra câmera, de 1,3 MP e colocada logo acima da tela, pode ser usada para videochamadas. A qualidade das imagens, tanto das fotos como dos vídeos, está na média dos smartphones com câmeras da mesma categoria: aceitáveis, mas com muito ruído, mesmo em áreas claras. Infelizmente os vídeos tem som muito baixo e a posição do microfone (na lateral direita) torna fácil cobrí-lo com a mão, o que deixa o som parecido com o de um "telefone de latinha".

Foto feita com a câmera traseira do Eee Pad Transformer. Clique para ampliar
Na lateral direita há uma porta mini HDMI, que pode ser usada para ligar o Transformer a TVs de alta-definição. O cabo não está incluso, mas pode ser encontrado facilmente em lojas de eletrônicos. Em último caso um adaptador mini HDMI para HDMI e um cabo HDMI normal também funcionam. Ponto para a ASUS nesse quesito, já que os tablets concorrentes exigem o uso de adaptadores proprietários, e caros, para a mesma tarefa.
O design do Eee Pad Transformer é digno de nota: a unidade que recebemos para review tem uma tampa traseira com um padrão de minúsculos triângulos em baixo-relevo, formando um desenho intrincado e elegante. A cor bronze também foge da mesmice do preto, branco ou prata de quase todos os outros tablets no mercado.
Só há um problema: como a tela tem proporção “widescreen” é difícil digitar com os dedões, já que eles não alcançam as teclas centrais. A solução é colocar o tablet no colo, ou mudar para o modo retrato.
Software
O Eee Pad Transformer sai da caixa rodando o Android 3.1 (codinome "Honeycomb"), mas a fabricante promete uma atualização para a versão mais recente, 3.2, em breve. A unidade que testamos era importada, e atualizou imediatamente assim que se conectou a uma rede Wi-Fi. Todo o processo não demorou mais do que 5 minutos.O sistema operacional se mostrou muito mais estável do que a versão 3.0, que era usada no Motorola Xoom. Naquela versão tivemos problemas com aplicativos fechando inesperadamente, travando ou tendo problemas para redesenhar a tela, o que não aconteceu com o Android 3.2 no Transformer. Do ponto de vista do usuário, as principais mudanças nesta versão são a capacidade de redimensionar os widgets na tela inicial e um sistema de multitarefa aprimorado: agora é possível visualizar quantos aplicativos estiverem abertos, em vez de apenas os últimos seis como anteriormente.
Segundo a ASUS seu tablet roda o que chama de “Waveshare UI”. Ao contrário do que o nome sugere, não se trata de uma interface gráfica nova que substitui a interface padrão do Honeycomb: esta está praticamente intacta. Mas a empresa adicionou vários aplicativos e utilitários ao tablet, para tornar a experiência de uso mais agradável.
Entre eles estão um gerenciador de arquivos, o MyNet (para facilitar o compartilhamento de fotos e vídeos com TVs de alta-definição, via DLNA), o MyLibrary (leitor e loja de eBooks) e o MyCloud, que combina armazenamento de documentos “na nuvem” (o que a ASUS chama de MyContent) com a capacidade de controlar remotamente um PC com Windows (chamada MyDesktop). Todo proprietário de um Eee Pad Transformer tem direito a um ano de espaço ilimitado para armazenamento online, grátis.
Infelizmente o principal problema,assim como no Xoom, é a falta de aplicativos otimizados para tablets Honeycomb. A situação melhorou um pouco: se consegue encontrar bons apps para Twitter (Plume) e Google Reader (Reader HD), além de jogos otimizados para o aparelho usando o aplicativo Tegra Zone (gratuito no Market).
Mas ainda assim, são cerca de 300 aplicativos otimizados, segundo o último levantamento “não-oficial”, contra mais de 75 mil apps para iPad na App Store da Apple. E a Google continua pisando na bola: seis meses depois do primeiro tablet Honeycomb chegar ao mercado o Android Market ainda não tem uma seção dedicada para eles, nem faz distinção clara entre um app otimizado ou não. O descaso é lamentável.
Não podemos deixar de mencionar que o Transformer já vem com um excelente pacote de aplicativos de escritório, o Polaris Office, que inclui planilha de cálculo, processador de textos e editor de apresentações. Além de compatível com documentos do Microsoft Office ele também se integra a serviços como Google Docs e Box.net, permitindo que você acesse e edite documentos armazenados na nuvem.
Infelizmente, para isso ele baixa uma cópia do arquivo para a memória interna do tablet, e depois sobe uma nova versão para o servidor, em vez de editar a diretamente a cópia online. E para imprimir é necessário um processo em dois passos: primeiro o documento deve ser enviado para o Google Docs. A partir de lá ele pode ser impresso usando o sistema Google Cloud Print, que requer um PC ligado à impressora e rodando o Google Chrome como intermediário. Mas depois que tudo foi configurado se consegue imprimir sem problemas.
Virando Netbook
O principal destaque do Eee Pad Transformer é a dock com teclado e trackpad, chamada Eee Station (vendida separadamente por R$ 399), que o transforma em um netbook. E podemos usar o termo “netbook” sem muitas ressalvas: a experiência de uso é quase a mesma, mas com vantagens como a autonomia de bateria muito maior, melhor desempenho em jogos e multimídia e o fato de que a máquina “liga” instantâneamente e está sempre pronta para o uso.O teclado segue o estilho “ilha”, com teclas quadradas, planas, isoladas e um tanto pequenas. O layout foi adaptado ao Android: no lugar da “tecla Windows” de um netbook fica o botão “Home”, com um botão para efetuar buscas à sua direita, onde tradicionalmente ficaria uma tecla Alt. Não há teclas de função (F1, F2, etc...), substituídas por teclas para ajuste de brilho, controles multimídia (play, pause, etc) e atalhos para o navegador ou preferências do sistema.

Eee Station: teclado, trackpad, duas portas USB, leitor de cartões SD e bateria extra
O trackpad é largo, espaçoso e capaz de registrar múltiplos toques. Graças à isso praticamente não é necessário tocar na tela do Transformer quando ele está acoplado à base, o que completa a ilusão de se estar usando um netbook. Uma curiosidade: embora o Android não tenha o conceito de “clique com o botão direito” o trackpad tem dois botões: o esquerdo funciona como um toque na tela, e o direito como o botão “Voltar” (Back), também presente no teclado.
A dock também traz duas portas USB (uma em cada lado) e um leitor de cartões SD. As portas podem ser usadas tanto para plugar pendrives como acessórios: testamos um mouse sem fio da Lenovo, que tem um pequeno receptor USB, e ele funcionou sem nenhum problema nem necessidade de configuração. Segundo a ASUS, acessórios como joysticks também são compatíveis.
O gerenciador de arquivos incluso no sistema pode ser usado para copiar arquivos de um pendrive (visto como “Removable/USBdisk1”) ou cartão SD (visto como “Removable/SD”) para a memória interna (vista como “/sdcard”) e vice-versa. O sistema reconhece apenas um pendrive por vez: para copiar arquivos de um pendrive para outro é preciso armazená-los temporariamente na memória interna. A cópia direta de arquivos de um pendrive para um cartão SD é possível, já que os dois podem ser acessados simultâneamente.
Para “transformar” o tablet em netbook basta empurrar a trava acima do teclado para a esquerda e encaixar o Transformer na dock. A transição é transparente e instantânea, e em um segundo teclado e trackpad estão prontos para o uso. Para voltar ao modo tablet basta reverter o processo.
É preciso frisar o quão natural é usar o Eee Transformer no modo netbook. Durante o dia-a-dia com um PC adquirimos vários hábitos e atalhos para ganhar tempo. Coisas como digitar Ctrl+T no navegador para abrir uma nova aba, Ctrl+L para acessar a barra de endereços do navegador, ou usar PageUp / PageDown (ou Espaço e Shift+Espaço, no Google Chrome) para rolar uma página. Tudo isso funciona no Transformer quando acoplado à Eee Station, tornando a transição completamente transparente.
Há um inconveniente quanto à Eee Station é o fato de que não há como consultar quanta carga resta na bateria. Há um pequeno LED na lateral esquerda que pisca quando ela está acabando, mas não há em nenhum lugar um indicador mais preciso, algo como “60% restante na Eee Station, 100% no Tablet”.
Desempenho
Nos benchmarks tradicionais de dispositivos Android o Eee Pad Transformer se saiu bem. No teste de produtividade do SmartBench 2011, por exemplo, ele marcou 2654 pontos. E não fez feio em games, com 2306 pontos. Em ambos os casos ficou à frente de aparelhos como o Samsung Galaxy S II, um smartphone com um processador Exynos dual-core de 1.2 GHz, e um dos aparelhos mais poderosos que já passaram por nossa redação.É difícil comparar diretamente o Transformer com seu principal concorrente, o iPad 2, já que não há benchmarks que executam os mesmos testes, com os mesmos parâmetros, em múltiplas plataformas. O mais próximo é o benchmark SunSpider, que mede o desempenho do navegador na execução de código em JavaScript.
Mas como tanto o navegador do iPad 2 (Safari) quanto o do Transformer (Navegador) são baseados na mesma base de código (chamada Webkit), dá para ter uma idéia do desempenho comparando os resultados. O resultado foi praticamente um empate técnico: o tablet da ASUS terminou os testes em 2206.4 milissegundos, apenas 70 ms (cerca de 3%) mais lento que o iPad 2. Na prática a diferença é nula.
Em termos mais palpáveis o Transformer também não desapontou: se consegue rodar vídeo em HD (720p) no formato MKV sem problemas com o DICE Player (cerca de R$ 7,00 no Market) já que o player padrão do Honeycomb não reconhece o formato. E jogos otimizados para o processador Tegra 2 como “Galaxy on Fire 2” é impressionante com seus gráficos detalhados, muito mais sofisticados que a versão correspondente para o iPad. Veja o vídeo abaixo:
Bateria
A ASUS promete autonomia de bateria de 8 horas no Eee Pad Transformer. Com o brilho da tela em 50%, conectado a uma rede Wi-Fi com atualizações de Twitter, GMail e Google Reader em segundo plano e com um vídeo até ela se esgotar. Nesse perfil o Transformer consumiu cerca de 11% de bateria por hora, com uma autonomia de cerca de 9 horas e 5 minutos. Nada mal, já que superou a marca do fabricante. E se você quiser assistir vídeo durante uma viagem e ativar o “Modo Avião”, que desliga Wi-Fi, GPS e Bluetooth, temos certeza de que conseguirá um tempinho extra. Vale mencionar que a Eee Station tem uma bateria extra que recarrega o Transformer sempre que ele é conectado, e extende a autonomia em mais 8 horas.
Veredito
Por si só o ASUS Eee Pad Transformer é um tablet Android impressionante, com um belo design e uma ótima tela. O sistema operacional já é estável e o conjunto de aplicativos pré-instalados agrega valor sem ser intrusivo ou incômodo. A situação dos aplicativos otimizados para Honeycomb ainda é ruim, mas está melhorando.Mas o Transformer chama mesmo a atenção quando combinado à Eee Station, que o torna incrivelmente mais versátil. Para a maioria dos usuários apenas o tablet será o suficiente. Mas se você é um estudante, jornalista ou não abre mão de muitas portas e conectores, a Eee Station (vendida separadamente) é essencial.
Fonte: PC World
0 comentários:
Postar um comentário