quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Galaxy Note: nem tablet e nem smartphone

É um dois em um na verdade.

Que dúvida cruel: comprar um smartphome ou um tablet, a Samsung apresenta a solução com o Galaxy Note que não é um tablet e nem um smartphone, e sim um híbrido entre os dois que pode ser muito confortável para aqueles que reclamam de telas muito grandes ou muito pequenas. A caneta stylus é meio ultrapassada, mas pode ser uma aliada para artistas ou para aqueles que não dispensam uma anotação manual e querem se livrar do bloquinho. O aparelho já está disponível no Brasil.

A favor:
-Tela grande, ótima para vídeos;
- Tamanho ideal entre tablet e smartphone;
- Bateria tem boa duração.

Contra:
- Preço muito elevado;
- Sem conexão HDMI;
- Não acompanha cartão de memória.

Design:
Pense no Samsung Galaxy S II, e depois aumente-o na sua mão. Essa é mais ou menos a cara do Note. O verdadeiro "celular de Itu" pode parecer grande na mão, e principalmente na orelha, mas depois que você se acostuma com a enorme tela, nem vai ligar para isso.

A frente é ocupada pela tela, acompanhada de um falante, sensores de luz e aproximação e a câmera frontal, finalizando com um botão físico entre os dois de toque que ficam apagados quando não estão em uso. As laterais, decoradas com plástico brilhante azul acinzentado, só possuem o botão de energia e de volume. Em cima fica a entrada para fone e um microfone extra. Embaixo, a conexão microUSB, mais um microfone e a stylus.

Atrás é encontrado a câmera, flash de LED, saída de som e a tampa traseira, que é quase uma casquinha texturizada. Apesar de grande, não é pesado. São apenas 178 gramas, nada incômodo de levar no bolso.

Tela
O grande diferencial do Note está na tela. São 5,3 polegadas com tecnologia Super AMOLED e definição de 800 x 1280 pixels, capacitiva e multitoque. Não há o que reclamar de uma tela desse tamanho, e com esse brilho todo. Ela é perfeita para assistir vídeos, fazer videoconferências e também para fazer anotações, como veremos a seguir. A resposta da tela é suave.

Hardware e processamento
Para uma grande tela, um grande processador. O N7000 vem com chip dual core de 1.4 GHz ARM Cortex-A9, acompanhado de 1 GB de RAM. Um conjunto ótimo que deixa o Note impecável para qualquer função, sem qualquer engasgo. O aparelho roda jogos 3D sem problemas. No aplicativo de benchmark Quadrant ele recebeu 3.624 pontos, 1.111 a mais do que o RAZR, aparelho carro-chefe da Motorola, e apenas alguns a menos do que o badalado Galaxy Nexus.

Nas conexões, o Note está bem servido como todo Android: Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, DLNA, Wi-Fi Direct – tecnologia que permite conexões mais rápidas do que o Bluetooth –, Wi-Fi hotspot, Bluetooth 3.0, GPS com A-GPS (tem a ajuda das antenas de celular na localização) e HSDPA. É importante dizer que a velocidade da internet, tanto em WiFi como no 3G, assim como o funcionamento do GPS.

Quanto aos sensores, o pacote também é completo. Acelerômetro, gisroscópio, bússola (esses três garantem melhores movimentos a jogos e ao sistema), proximidade e o barômetro, que só tinha sido visto antes no tablet Motorola Xoom. Ele serve para dar previsões do tempo mais verossímeis.

Sistema operacional
A versão do Android encontrada no Note é 2.3.5, uma das mais novas disponíveis antes da mais atual, 4.0. Até o momento, não há atualização maior do que essa para o aparelho. Aliás, a Samsung te obriga a fazer um cadastro no site da empresa para verificar se há alguma atualização, coisa que nenhuma outra empresa faz.

Uma atualização para a nova versão 4.0 do Android, a Ice Cream Sandwich, é bem esperada. A Samsung costuma atualizar o máximo possível seus gadgets, e mantém boa relação com a Google. O Note possui suporte a Flash e emulador de Java.

O sistema, como sempre, é customizado pela Samsung. A empresa dá a ele um visual mais colorido e dinâmico, menos geek. Todos os menus possuem cores azuis, e falando neles, a Samsung gosta de colocar inúmeras opções de personalização e configuração. Para os marujos de primeira viagem, pode ser confuso.

Usabilidade
A Samsung sempre se esforça para deixar o Android melhor do que ele já é. No caso do Note, ele teria que ficar bom o suficiente para que seu enorme tamanho não prejudicasse o uso, e realmente fizeram isso bem. A interface modificada, chamada de TouchWiz, já é encontrada em vários outros aparelhos.

O Note traz algumas funções já existentes no Galaxy S II como, por exemplo, o zoom no navegador com o uso dos dedos e do movimento do aparelho. Várias outras ações podem ser feitas com o movimento do celular.

Uma coisa única – e, para alguns, ultrapassada – no Note é o que leva seu nome: para fazer notas escritas com facilidade, a Samsung colocou uma stylus no aparelho. A canetinha fica escondida na parte de baixo, e seria um pouco melhor se oferecesse uma resistência maior ao vidro. Um botão nela permite ativar algumas ações via movimento, como voltar páginas e abrir menus.

caneta do Galaxy NoteEla é idêntica às stylus dos velhos Palms, com o diferencial de que é especial para telas capacitivas, que interagem apenas com objetos com energia – como nossos dedos. É a tecnologia usada no iPad, por exemplo.

Outra coisa que, pelo visto, está virando moda nos Androids, é a divisão dos aplicativos por grupos, que no caso do Note são pastas. Com essa divisão, chega da bagunça caótica em que a janela de aplicativos se transforma quando o usuário possui mais do que 40 aplicativos. Separar o conteúdo por pastas é uma forma inteligente de arrumar o problema. Se o usuário quiser, também pode criar várias janelas e separar seu conteúdo nelas.

Aplicativos
Há muitos aplicativos no Note. Alguns deles podem ser considerados não são lá muito úteis. Mas muitos deles são interessantes. Há, por exemplo, o AllShare para compartilhar arquivos com outros aparelhos, o Criador de vídeo para editar gravações, editor de fotografias, gravador de voz e o Kies Air, para acessar o celular pelo computador via WiFi.

Os aplicativos do Google também estão presentes, como Gmail, Gtalk, YouTube, Mapas e Navegador GPS. A Samsung colocou também o Readers Hub, que dá acesso a livros da Kobo, revistas do Zinio e alguns jornais e o Social Hub, que junta várias contas de redes sociais.

Como há muito espaço interno, a Samsung já manda esse monte de coisas instaladas, que não podem ser retiradas da memória. Mas, caso você não queira, coloque tudo em uma pasta que o caso está resolvido. Há também o S choice, especial para ser utilizado com a Stylus. São muitos os widgets, para preencher totalmente as 7 janelas do sistema.

Câmera
O Note tem uma ótima qualidade de câmera, que possui sensor de 8 megapixels. Não é a coisa mais confortável do mundo tirar fotos com um aparelho tão grande e fino, mas, como ele não possui botão dedicado para fotos, tudo funciona bem na tela.

Quando as fotos são muito ampliadas, percebe-se que a qualidade não se compara à de uma boa câmera compacta. Mas para fotos publicadas na internet, e até mesmo para uma ampliação 10 x 15, está muito bom. Cores e contraste ficam em um nível satisfatório. Com flash as cores se perdem um pouco, mas isso é normal.

Câmera do Galaxy NoteEm situações de pouca luz a câmera também se comporta bem. E o mesmo pode ser dito do vídeo, que obteve os mesmos resultados que as fotos. Além da possiblidade do zoom durante a filmagem, a captação de som foi satisfatória, uma vez que são dois microfones, um em cada extremidade. Ela filma em resolução Full HD, mas não espere demais dela. Há também uma câmera secundária, na frente, com sensor de 2 megapixels, e que serve bem para vídeo conferências.

Quanto às funções, nada de inovador. Temos autofoco, 7 tipos de disparo – entre eles o beauty, panorama automático e detector de sorrisos –, 13 cenas diferentes, três efeitos básicos, geolocalização e alguns ajustes básicos como contraste, estabilizador, medição, ISO, controle de branco e temporizador.

Música e mídia
Em matéria de áudio, o Note toca os seguintes formatos: MP3, WAV, eAAC+, AC3 e FLAC. O som externo é quase ótimo. Ele é alto e tem um estéreo interessante, mas, como a saída de som é muito pequena e o falante não é tão bom, o som de latinha é inevitável. O áudio melhora um pouco quando seguramos o aparelho na mão, mas não chega a impressionar.

Já nos fones intraauriculares que a Samsung manda junto, a coisa melhora. Os fones proporcionam um som alto e bom efeito de estéreo, mas o agudo fica um pouco forte demais. Além disso, os fones vêm com controle de volume.

Outra função relacionada a música é o rádio FM. Com interface muito bonita, ele vem com a tecnologia RDS, que mostra informações da música que está tocando na estação.

Infelizmente o aparelho não vem com conexão HDMI, o que significa que ele não envia conteúdo em Full HD para TVs. Os formatos de vídeo compatíveis são: MP4, DivX, XviD, WMV, H.264 e H.263. O Note roda AVI sem precisar de aplicativos externos, mas não roda RMVB, MPEG e MOV. Com a tela gigante de super AMOLED, ver filmes é uma das melhores atividades executadas com o aparelho.

Bateria e armazenamento
A bateria do Galaxy Note, por conta de sua tela grande, até que aguenta bem. Com uso de 3G, GPS e WiFi, aguenta bravamente por 10 horas. Não é um número incrível, mas é realmente bem melhor do que a média. Ainda assim, é melhor andar com o carregador por aí. Sem usar muito, passa de um dia com tranquilidade, mesmo com as conexões sem fio ligadas.

Bateria do Galaxy NoteEle possui 16 GB internos, o que é um senhor espaço. E como para alguns isso pode não ser o suficiente – quem assiste muito vídeo e escuta muita música sabe do que eu falo –, é possível inserir mais um cartão microSD de até 32 GB, aumentando o espaço para 48 GB! Infelizmente, por já considerar bastante espaço, a Samsung não manda memória extra junto.

O que vem na caixa
Como ele não é propriamente um tablet, a caixa do Note é bem modesta, parece mais a de um smartphone. Dentro dela encontramos o aparelho, fones intraauriculares brancos (brancos?), cabo USB, carregador que funciona com o cabo e um manual rápido. Sem acessórios extras, sem frescura. Não veio sequer um cartão microSD.

Para quem é
O Note é um produto muito bom e muito confortável, perfeito para quem está atrás de algo nem tão grande quanto um tablet e nem tão pequeno quanto um smartphone. Seu grande defeito é o preço, semelhante ao de um modelo mais barato do iPad, o que pode desestimular alguns consumidores. Fora isso, é um Android completo e de qualidade, uma prancheta prática com conexões Wi-Fi e 3G, para ser usada em qualquer lugar.



Fonte: IG Tecnologia

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