Vanderlei estava deveras nervoso. Chegara o dia de ele conhecer a família de sua namorada. Caminhava, sem conseguir se livrar da ansiedade. As ruas estão cheias, é noite de domingo. Jovens transitam pela rua em busca de diversão, prazer, álcool, drogas... Arvoredos sonolentos debruçam sobre as ruas, sombrios e relentos, havia uma aparente paz. Vanderlei sente seu sangue reagir alvoroçadamente, dando-lhe uma doce impressão de bem-estar.
As casas, as famílias são sonhos. Há um resto de alegria nelas: felicidade dum dia de folga e um pouco de expectativas e incertezas sobre a segunda-feira cruel.
Abruptamente, um pensamento desagradável invade a cabeça de Vanderlei: estava chegando o momento de "enfrentar" a família de sua namorada. O inevitável acontece. Vanderlei chega à casa de sua namorada Luísa.
Uma casa com seu muro alto para os transeuntes e nivelado ao piso da frente da casa. Aquilo o aborrece logo de "cara", um muro sem reboco, com um portão central e outro do lado direito, adentro uma escada até a varanda da casa e outra após o portão que vai para a parte lateral da casa, onde há outros cômodos.
Vanderlei está muito nervoso, tanto que teve um desarranjo estomacal, algo que o apressou a chamar pelo nome da namorada, no início acanhadamente, que logo se transformou em berros, não poderia "sujar" a calça, aí seria pior.
- Luísa, Luísa... Luísa!
Ela saiu toda sorridente. Luísa era linda, inteligente. Uma bela garota, desejada por muitos, mas com muitos poucos namoros anteriores a Vanderle. Gostava de tudo certinho, não curtia esse negócio de "ficar". Gostava mesmo é de namorar sério, com o namorado enfrentando sua casa e ela a dele. Tanto que fez questão que Vanderlei conhecesse sua família.
- Oi, amor! Entre!
Quando ele entrou teve um sobressalto. Teve a impressão que a sala estava completamente lotada, parecia ter umas 12 pessoas, foi uma impressão dele, pois havia apenas quatro pessoas: os pais de Luísa e seus irmãos: uma garota de uns 10 anos e um garoto de uns três anos.
Cumprimentou-a de uma forma atípica: com um "selinho" rápido:
- Oi Lu.
Luísa estranhou, pois ele não tinha o hábito de chamá-la assim, ele até achava feio as pessoas abreviar o nome de outra desta maneira. Ele, na verdade, a chamou desta maneira porque estava com muita pressa em perguntar:
- Onde fica o banheiro?
Luísa respondeu espantada e rapidamente:
- Fica no logo ali no corredor.
Vanderlei ficou muito envergonhado ao perceber que teria de passar praticamente no meio da sala, diante de todos, que estavam sentados no sofá, esperando-o para conhecê-lo. Pensou ele: "Não tem jeito, tem de ser assim". Tomou coragem, pois ao contrário sujaria a calça ali, diante de todos, e foi. Ao passar adiante, praticamente de toda família de sua namorada, disse ligeiramente:
- Boa noite, boa noite.
E foi rapidinho para o banheiro. Luísa ficou envergonhada diante de seus pais, fechou a porta e pensou consigo, olhando para os pais: "O que eu fui arrumar".
Vanderlei sentiu um alívio ao sentar no vaso e muito mais por o banheiro está limpinho e com papel higiênico. Seu constrangimento começou com o barulho que era produzido a cada alívio. Quanto mais ele tentava não fazer barulho, tinha impressão que era maior. Seu suor aumentou quando lhe veio à cabeça: "Será que eles estão ouvindo na sala, com que 'cara' vou sair do banheiro?"
Colocou o rosto para fora do vitrô do banheiro para tomar um folêgo, tomou coragem e saiu sem saber onde colocar a "cara". Luísa percebendo o constrangimento dele disse:
- Amor, senta aí!
Ele sentou todo encolhido, sem jeito. O pai de Luísa para "quebrar" o gelo, perguntou:
- Quer beber alguma coisa? Um café, um refrigerante, suco?
Vanderlei estava completamente perdido, sem saber para onde olhar ou não olhar e respondeu sem pensar muito:
- Não tem pinga?
O pai de Luísa esbugalhou os olhos para mulher e depois para filha menor, que estava segurando a risada. Vanderlei já tinha notado e estava desconfiado que fosse pelo barulho que fizera quando estava no banheiro. E com uma naturalidade forçada, respondeu:
- Pinga não tem, mas tem umas cervejas na geladeira. Se você quiser?
Vanderlei não pensou duas vezes:
- Eu quero sim.
Ele precisava beber alguma coisa para ver se sentia mais a vontade. Luísa pegar para ele e logo voltou com uma garrafa de cerveja e dois copos, um para seu namorado e outro para seu pai, e os serviu. Vanderlei pára um pouquinho de nada mais relaxado e disse:
- Você vai beber?
Luísa muito radiante e feliz, apesar daquele clima péssimo que estava sala:
- Ah sim! Vou beber um copinho.
Conversa vai, conversa vem. Aos poucos, todos ficaram um pouco mais à vontade. Vanderlei falava muito pouco e quando abria a boca era só besteira, bobagens, "abobrinhas". Luísa já estava começando a duvidar que Vanderlei fosse a pessoa certa para ela. No final, tudo ocorreu relativamente bem.
Luísa o acompanhou até o portão com a intenção de "terminar" o namoro, mas não teve coragem. Ao vê-lo indo embora e ora parando e se virando para lhe mandar um beijo, aí que mudou completamente de idéia, afinal qualquer um pode ter uma "caganeira".
Abruptamente, um pensamento desagradável invade a cabeça de Vanderlei: estava chegando o momento de "enfrentar" a família de sua namorada. O inevitável acontece. Vanderlei chega à casa de sua namorada Luísa.
Uma casa com seu muro alto para os transeuntes e nivelado ao piso da frente da casa. Aquilo o aborrece logo de "cara", um muro sem reboco, com um portão central e outro do lado direito, adentro uma escada até a varanda da casa e outra após o portão que vai para a parte lateral da casa, onde há outros cômodos.
Vanderlei está muito nervoso, tanto que teve um desarranjo estomacal, algo que o apressou a chamar pelo nome da namorada, no início acanhadamente, que logo se transformou em berros, não poderia "sujar" a calça, aí seria pior.
- Luísa, Luísa... Luísa!
Ela saiu toda sorridente. Luísa era linda, inteligente. Uma bela garota, desejada por muitos, mas com muitos poucos namoros anteriores a Vanderle. Gostava de tudo certinho, não curtia esse negócio de "ficar". Gostava mesmo é de namorar sério, com o namorado enfrentando sua casa e ela a dele. Tanto que fez questão que Vanderlei conhecesse sua família.
- Oi, amor! Entre!
Quando ele entrou teve um sobressalto. Teve a impressão que a sala estava completamente lotada, parecia ter umas 12 pessoas, foi uma impressão dele, pois havia apenas quatro pessoas: os pais de Luísa e seus irmãos: uma garota de uns 10 anos e um garoto de uns três anos.
Cumprimentou-a de uma forma atípica: com um "selinho" rápido:
- Oi Lu.
Luísa estranhou, pois ele não tinha o hábito de chamá-la assim, ele até achava feio as pessoas abreviar o nome de outra desta maneira. Ele, na verdade, a chamou desta maneira porque estava com muita pressa em perguntar:
- Onde fica o banheiro?
Luísa respondeu espantada e rapidamente:
- Fica no logo ali no corredor.
Vanderlei ficou muito envergonhado ao perceber que teria de passar praticamente no meio da sala, diante de todos, que estavam sentados no sofá, esperando-o para conhecê-lo. Pensou ele: "Não tem jeito, tem de ser assim". Tomou coragem, pois ao contrário sujaria a calça ali, diante de todos, e foi. Ao passar adiante, praticamente de toda família de sua namorada, disse ligeiramente:
- Boa noite, boa noite.
E foi rapidinho para o banheiro. Luísa ficou envergonhada diante de seus pais, fechou a porta e pensou consigo, olhando para os pais: "O que eu fui arrumar".
Vanderlei sentiu um alívio ao sentar no vaso e muito mais por o banheiro está limpinho e com papel higiênico. Seu constrangimento começou com o barulho que era produzido a cada alívio. Quanto mais ele tentava não fazer barulho, tinha impressão que era maior. Seu suor aumentou quando lhe veio à cabeça: "Será que eles estão ouvindo na sala, com que 'cara' vou sair do banheiro?"
Colocou o rosto para fora do vitrô do banheiro para tomar um folêgo, tomou coragem e saiu sem saber onde colocar a "cara". Luísa percebendo o constrangimento dele disse:
- Amor, senta aí!
Ele sentou todo encolhido, sem jeito. O pai de Luísa para "quebrar" o gelo, perguntou:
- Quer beber alguma coisa? Um café, um refrigerante, suco?
Vanderlei estava completamente perdido, sem saber para onde olhar ou não olhar e respondeu sem pensar muito:
- Não tem pinga?
O pai de Luísa esbugalhou os olhos para mulher e depois para filha menor, que estava segurando a risada. Vanderlei já tinha notado e estava desconfiado que fosse pelo barulho que fizera quando estava no banheiro. E com uma naturalidade forçada, respondeu:
- Pinga não tem, mas tem umas cervejas na geladeira. Se você quiser?
Vanderlei não pensou duas vezes:
- Eu quero sim.
Ele precisava beber alguma coisa para ver se sentia mais a vontade. Luísa pegar para ele e logo voltou com uma garrafa de cerveja e dois copos, um para seu namorado e outro para seu pai, e os serviu. Vanderlei pára um pouquinho de nada mais relaxado e disse:
- Você vai beber?
Luísa muito radiante e feliz, apesar daquele clima péssimo que estava sala:
- Ah sim! Vou beber um copinho.
Conversa vai, conversa vem. Aos poucos, todos ficaram um pouco mais à vontade. Vanderlei falava muito pouco e quando abria a boca era só besteira, bobagens, "abobrinhas". Luísa já estava começando a duvidar que Vanderlei fosse a pessoa certa para ela. No final, tudo ocorreu relativamente bem.
Luísa o acompanhou até o portão com a intenção de "terminar" o namoro, mas não teve coragem. Ao vê-lo indo embora e ora parando e se virando para lhe mandar um beijo, aí que mudou completamente de idéia, afinal qualquer um pode ter uma "caganeira".
0 comentários:
Postar um comentário